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Liberty Negócios mira expansão nacional em meio ao boom de fusões e aquisições

Com R$ 1 bi em carteira, empresa quer avançar em novos mercados
Liberty Negócios mira expansão nacional em meio ao boom de fusões e aquisições
Crédito: Reprodução Pexels

Com sede em Belo Horizonte, a Liberty Negócios mira na abertura de escritórios fora de Minas Gerais, especialmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Nascida dentro do Escritório Moura Tavares, a consultoria está consolidada como referência em fusões e aquisições (M&A na sigla em inglês para Mergers and Acquisitions), Finanças corporativas e Governança, com foco em empresas de médio porte.

A consultoria se apresenta como parceira estratégica de empresários em busca de crescimento sustentável, inovação e resultados duradouros. De acordo com o CEO da Liberty, Alexandre Figueiredo, apesar de ter sido fundada em 2011, a empresa ficou “adormecida” e há cerca de dois anos e meio retomou as atividades com grande sucesso.

Alexandre Figueiredo
Empresa nasceu para atender algumas demandas que existiam dentro do Moura Tavares, explica Figueiredo | Foto: Divulgação Liberty Negócios

“A Liberty nasceu para atender algumas demandas que existiam dentro do Moura Tavares mas que não eram o foco principal do escritório. Há dois anos e meio retomamos a consultoria e encontramos um mercado com muitas oportunidades e carente de informações e conhecimento estruturados. Trouxemos sócios de fora do mercado de advocacia e criamos uma estrutura totalmente apartada do Moura Tavares para evitar conflitos de interesse e, ao mesmo tempo, aproveitarmos a reputação e os relacionamentos construídos pelo escritório”, explica Figueiredo.

O mercado parece realmente aquecido. Pesquisa da PwC Brasil revela que, de janeiro a maio de 2025, as operações de fusões e aquisições no Brasil registraram um aumento de 15% em volume total na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram mapeadas 596 transações neste período.

Os setores que mais se destacaram foram: de tecnologia, com 33% das transações, consumo e varejo (15%), automotivo (9%) e energia e serviços públicos (7,5%). A maior parte dos movimentos foi conduzida por empresas nacionais, representando 81%. E apenas 17% dos investimentos foram feitos por fundos de private equity.

Minas Gerais ficou em segundo lugar no ranking de estados com maior número de operações de M&A, com 8,7%, atrás de São Paulo com 52% das operações no País. Em terceiro lugar aparece o Rio Grande do Sul (5,8%); seguido por Santa Catarina (5,3%; Paraná (5%) e Rio de Janeiro (4,7%).

São três os principais fatores que levam uma empresa a buscar uma fusão:

  • Divergência entre os sócios,
  • Endividamento,
  • Ausência de sucessão

A consultoria atua desde a avaliação e estruturação de negócios até a integração pós-fusão, oferecendo suporte em due diligence, captação de recursos, reestruturação e planejamento estratégico. A empresa destaca como diferencial a agilidade e a eficiência de seus processos, sem abrir mão do rigor técnico.

Para o sócio da Liberty, Camilo Lelis, a baixa média de longevidade das empresas brasileiras – com menos de 40% das empresas sobrevivendo após os cinco primeiros anos de atividade, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – faz com que os empresários não criem uma cultura que entenda e facilite operações de fusão e aquisição.

Camilo Lelis
Trouxemos essa fórmula: um espaço que transmite tranquilidade ao empresariado mineiro, afirma Camilo Lelis | Foto: Divulgação Liberty Negócios

“Apoiar as empresas nesse processo de negociação, de mudança de sócios, de restauração, é um processo que trabalha muito o emocional dos dois lados, tanto de quem está vendendo como de quem está comprando. Existe uma falta de feeling, de vivência entre as empresas, entre os empresários mineiros. É importante estar perto e trazer confiança e harmonia para dentro desse negócio. Lidamos com dinheiro e emoção. Fica um ambiente muito pesado. Então trouxemos essa fórmula, um ambiente que traz tranquilidade para o empresariado mineiro”, destaca Lelis.

Com uma carteira de R$ 1 bilhão, a Liberty Negócios tem atuado principalmente nos seguintes setores:

  • Saúde
  • Mineração
  • Tecnologia (setor com mais operações)
  • Agricultura
  • Varejo
  • Infraestrutura (energia, engenharia)
Hudson Couto
O Brasil é muito grande e há fusões e aquisições que acontecem sem que ninguém saiba, diz Hudson Couto | Foto: Divulgação Liberty Negócios

“O Brasil é muito grande e tem fusões e aquisições que são realizadas que ninguém fica nem sabendo. Outros setores, porém, têm muita mídia e todo mundo vai naquele caminho como foi o da saúde nos últimos anos. Depois aconteceu o mesmo com a educação. Agora está uma onda de tecnologia e logística e todo mundo está olhando para esses dois caminhos. Mas existem muitas coisas muito boas no setor principalmente de energia renovável e muitos investidores estrangeiros buscando negócios nesse sentido. Existe uma gama enorme de setores. Se você quiser vender hoje um laticínio no interior de Minas Gerais que faz queijo, você vende porque tem muitas empresas francesas que estão descobrindo que o queijo mineiro é uma coisa de louco”, completa o sócio da Liberty Negócios, Hudson Couto.

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