Leitura bate recorde de inaugurações e encerra 2024 com 121 lojas

A Livraria Leitura vai fechar o ano com 121 lojas no Brasil. O período foi marcado por 12 inaugurações, um encerramento e uma mudança de endereço. Desta forma, o ritmo de lançamentos superou a média da empresa, que é de até sete novas unidades por ano. A empresa ainda superou a marca de 11 milhões de livros vendidos em 2024.
As informações são do presidente da Leitura, Marcos Teles. Ele também ressalta que a expectativa é de que a varejista mineira registre um crescimento de aproximadamente 10% nas vendas nas lojas que já estavam em operação, além de um aumento de 18% em 2024, considerando as novas unidades abertas.
“Foi um ano bom, nós tivemos um crescimento de dois dígitos e conseguimos abrir um número expressivo de lojas, com um saldo positivo de 11 unidades, passando de 110 para 121 operações”, avalia.
O empresário explica que o número elevado de inaugurações está relacionado às oportunidades geradas após o encerramento de algumas operações de marcas concorrentes. Segundo Teles, metade das novas unidades da Leitura foram abertas onde antes funcionavam lojas de outras livrarias, principalmente em shoppings.
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Dentre as novas operações da Leitura neste ano, estão as primeiras lojas da rede de livrarias nos estados de Santa Catarina e Mato Grosso. Com essas inaugurações, a marca passa a estar presente em cerca de 50 cidades, nos 23 estados brasileiros e no Distrito Federal.
O presidente da Leitura destaca a possibilidade de chegar ao mercado do Acre no ano que vem ou em 2026, restando apenas o Paraná e Rondônia.
“Nós ainda não temos planos para os outros dois estados. O Paraná já possui duas redes locais muito fortes e, portanto, está bem atendido. Já Roraima tem a questão relacionada a uma maior dificuldade na logística”, pondera.
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Teles lembra que Minas Gerais foi, por muito tempo, o principal mercado da livraria, por ser o estado onde a empresa surgiu. No entanto, o cenário atual é de maior destaque para São Paulo, com aproximadamente 30 operações da marca, contra 24 no mercado mineiro. “São Paulo virou a principal praça para a Leitura, mas Minas segue em segundo”, diz.
O empresário também ressalta outros mercados que têm se destacado dentre os mais importantes para a varejista, como é o caso do Rio de Janeiro, Distrito Federal, e os estados da região Nordeste do Brasil, principalmente, Ceará, Pernambuco e Bahia.

Planos de expansão do número de lojas para os próximos anos
Para 2025, a meta será restabelecer o ritmo normal de expansão da rede de livrarias e fechar o ano com, pelo menos, 127 lojas no País. O empresário destaca que, até o momento, a empresa prevê duas inaugurações no estado de São Paulo e uma em Minas Gerais.
“Nós tivemos um ritmo de abertura, a partir de 2020, de 10 a 12 lojas por ano, muito além do normal. Nosso plano sempre foi abrir cerca de sete unidades, esse é um bom número e agora nós planejamos voltar para esse ritmo”, comenta.
Ele explica que as novas operações dependem de oportunidades e condições oferecidas no mercado. Porém, o executivo estima que a empresa possa superar a barreira das 130 unidades em 2026. “Se o nosso ritmo de crescimento diminuir, nós vamos ter que diminuir o número de aberturas de lojas. Mas, por enquanto, estamos indo bem”, pondera.
Além da expansão no número de lojas, Teles destaca que a rede de livrarias mineira também espera ampliar em mais de 1 milhão de livros vendidos e fechar o próximo exercício com cerca de 12 milhões de cópias comercializadas no Brasil.
Atuação da Leitura no mercado
Dentre os diferenciais da Leitura, Teles aponta o cuidado com os resultados operacionais. Ele explica que a empresa está sempre buscando manter o desempenho com saldo positivo, com uma média segura de inaugurações somada ao encerramento de operações deficitárias.
Outro ponto citado pelo empresário é atenção quanto às novidades no mercado e às demandas do consumidor. Segundo ele, a varejista é a maior rede no mercado de venda de livros em lojas físicas do País e a segunda no e-commerce nacional.
O presidente da Leitura ressalta o impacto que a internet tem tido nas vendas tanto da varejista quanto das demais livrarias. Para ele, os lançamentos de séries inspiradas em livros e o fenômeno das indicações de influenciadores digitais do ramo da leitura são alguns dos fatores que têm contribuído para o crescimento nas vendas.
“Antes, os jovens liam, basicamente, os livros que eram indicados pela escola, enquanto, hoje em dia eles é quem escolhem os próprios livros, com base na indicação dos amigos, das redes sociais e dos filmes”, relata.
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