Livro aborda a luta pela liberdade revelada pela ótica dos mais fracos

O historiador e cientista político Marcelo Douglas acaba de concluir seu mais recente livro “Histórias de Opressão e Liberdade” (Ed. Ramalhete). Trata-se de um romance histórico contextualizado em cinco épocas distintas da humanidade, relatando importantes e decisivos momentos da história, tendo como pano de fundo a luta pela liberdade revelada pela ótica dos atores mais fracos.
Marcelo Douglas, que atualmente é gestor governamental do Ministério da Economia e já publicou vários livros na área de Administração Pública, todos pela Fundação Getulio Vargas, embarca agora nessa jornada feita de batalhas pela liberdade.
Nas tramas apresentadas na forma de um romance, quase uma saga da aventura humana, tudo começou com o surgimento da propriedade privada e a fixação dos agricultores ao solo, processo que afugentou a liberdade e aprisionou o homem ao futuro, como sugere a história de Ur no primeiro capítulo. O domínio da América e a extinção em massa dos indígenas colocou a liberdade de Anahí em jogo, tragando impiedosamente milhões de vidas, exigindo uma luta pessoal extrema, narrada com emoção no segundo capítulo. Quando a escravidão negra atravessa o largo oceano e deita suas raízes no Brasil, a tragédia particular de Banta embarca junto, comprometendo a possibilidade de uma existência livre, como revela a terceira trama. No capítulo seguinte, o quarto, a impactante e horrenda história de Frank sob o nazismo escrutina de forma avassaladora o momento de maior inflexão da sociedade ocidental, que até hoje se pergunta como tudo aquilo pôde ter acontecido. Por fim, no quinto e último capítulo, os desencontros pessoais de Raul revelam as armadilhas da vida moderna, onde a liberdade sucumbe por caminhos, aflições ou estilos de vida supostamente inofensivos, imperceptíveis ou mesmo inevitáveis.
As histórias do livro têm em comum os caminhos tortuosos que a busca da liberdade exige, proporciona ou descortina. Como em um grande teatro da existência, dramas pessoais imaginários foram inseridos e contextualizados em momentos históricos decisivos para a humanidade, despertando o leitor para questões filosóficas atemporais e importantes, como a ética e a igualdade. São relatos de pessoas comuns – cinco vidas simples – mas que revelam de forma eloquente os grandes problemas que os homens têm enfrentado desde o início da civilização.
Clube de Autores vende 55% a mais em 2020
Em um ano tão adverso quanto 2020, poucas empresas chegaram em dezembro sem passar por uma reinvenção que ajudasse na sobrevivência do negócio. O Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação da América Latina, soube se adaptar aos novos hábitos dos seus consumidores e fechou o ano com cerca de 55% de livros vendidos a mais que em 2019, registrando um crescimento também no número de livros publicados.
Desde o início da pandemia, a plataforma ampliou o seu modelo de negócio, redesenhou seu site para um novo perfil de demanda dos autores independentes e estreitou relacionamento com uma série de canais de vendas, como livrarias e marketplaces. O Clube ainda realizou um concurso para estimular a escrita, onde surgiram novos escritores. Como resultado, a empresa fechou 2020 com um faturamento de R$ 8,5 milhões e 14.766 livros publicados, número 18% superior ao do ano anterior.
“A pandemia foi um desafio para todas as áreas do mercado. No setor livreiro, onde muitas empresas ainda não estavam automatizadas, 2020 serviu como um ano de ruptura e transformação. Forçados a investir no e-commerce e em um novo tipo de público e venda, os empreendedores que se arriscaram e decidiram apostar na disrupção, certamente conseguiram ótimos resultados”, diz o CEO do Clube de Autores, Ricardo Almeida.
Para Almeida, não só modificar a forma como o setor atua, a pandemia fez com que as pessoas adquirissem novos hábitos durante o isolamento. Segundo ele, a aceitação da literatura independente no mercado tradicional cresceu ainda mais que no ano anterior, fazendo com que 47% dos pedidos do Clube de Autores fossem feitos por livrarias maiores e que revendem essas publicações.
Segundo pesquisa da FecomercioSP, sete em cada 10 brasileiros mudaram os seus padrões de consumo durante a pandemia. Para Almeida, no setor literário não foi diferente. “Muitos leitores passaram a se interessar pela literatura independente e as obras têm ganhado cada vez mais destaque no mercado editorial. Tendo isso em vista, nossos objetivos para 2021 são ampliar a distribuição por canais, oferecer novas facilidades de publicação e entregar mais serviços para os autores, crescendo cerca de 50% em relação a 2020”, finaliza ele.
FICHA TÉCNICA
• Histórias de Opressão e Liberdade
• Autor: Marcelo Douglas
• Editora Ramalhete
• 220 páginas
• Preço: R$ 45,00
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