Livro mostra que virtudes não são etéreas

Inspirado nos conhecimentos da Psicologia Positiva, o livro “E por falar em Virtudes”, uma coautoria de Edina Bom Sucesso e Fáthima Abreu, propõe reflexões e dicas preciosas para desenvolver as forças que compõem a Sabedoria, Coragem, Justiça, Humanidade, Moderação e Transcendência, visando alcançar uma vida pessoal e social mais agradável e significativa.
A obra, que tem no seu cerne a relação de trabalho e amizade das autoras, aborda as forças correspondentes a cada virtude e as flores que as simbolizam de uma forma fluida, leve e objetiva para alcançar o grande público.
Elas se conheceram no final dos anos de 1980, uma como aluna e a outra, professora. Trabalharam juntas algumas vezes e, estando juntas na Ergon Consultores Associados, resolveram editar o livro para a comemoração de 30 anos da empresa.
“Propus o tema das Virtudes, que estávamos estudando, e queríamos que o livro fosse voltado para o grande público, com textos objetivos, leves, fluidos, sem a pretensão de esgotar o tema. Edina [Bom Sucesso] aceitou e disponibilizou um material, que foi a base para o livro. Infelizmente, ela foi diagnosticada com um câncer no início desta jornada, e eu assumi o compromisso pessoal de concluir o trabalho, apresentando a ela cada fase terminada. Foram dois anos e meio de uma jornada difícil, somada à impossibilidade de nos encontramos pessoalmente por causa da pandemia”, relembra Fáthima Abreu. Edina Bom Sucesso faleceu no dia 1º de julho de 2021.
O objetivo do livro é mostrar que as virtudes não são etéreas e nem exigem santidade de quem as pratica. A virtude é entendida pelo filósofo grego Aristóteles como uma prática e não como mero conhecimento ou algo natural de cada ser humano. Por isso, é necessária a sua prática habitual, inclinando a pessoa para o bem, que é a busca pela felicidade.
A ideia é propor para as pessoas alternativas, apesar das dificuldades. Apontar que podem desenvolver o caminho da autorresponsabilidade com um modelo mental otimista, com pensamentos e emoções positivas, para aperfeiçoar a resiliência e cultivar a gratidão.
É um olhar que não desconsidera um quadro mental adoecido, que pode precisar de medicamentos, mas que para grande parte das pessoas esse caminho é possível.
“As virtudes são trabalhadas pelas forças de caráter. Podemos compreender as forças que temos mais fortes e trabalhar as mais frágeis, fazendo das virtudes ferramentas, práticas cotidianas para sermos mais felizes individualmente e como sociedade”, completa a autora.
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