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Livro resgata história dos 125 anos de BH

Obra, lançada originalmente há cinco anos, foi revista e ampliada com foco especial no período da pandemia
Livro resgata história dos 125 anos de BH
Souza e Silva: livro é um presente dos mais de 13 mil associados da entidade para a cidade | Crédito: Alessandro Carvalho

Em comemoração ao seu aniversário, Belo Horizonte ganhou, ontem, a reedição do livro “BH 125 Anos – um olhar sobre a cidade, seu comércio e sua história – edição atualizada. A obra, lançada originalmente há cinco anos, foi revista e ampliada contando, com foco especial, o período da pandemia.

A edição é uma iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). O livro tem como fio condutor o comércio belo-horizontino. Cidade com perfil singular, projetada para ser a capital do Estado, sob a égide dos valores da República recém-proclamada, se tornou a terceira mais importante capital brasileira.

De acordo com o presidente da CDL-BH, Marcelo Souza e Silva, o livro é um presente dos mais de 13 mil associados da entidade para a cidade.

“Esse trabalho resgata a história de Belo Horizonte e do seu desenvolvimento pelo ponto de vista do comércio. A nossa história, aliás, começa a partir do comércio, a escolha acontece porque aqui havia um entreposto de mercadorias. O livro traz o diálogo e o nosso povo gosta do diálogo. A gastronomia representa isso, em torno de uma mesa a conversa para construir boas coisas. É olhar para o que está acontecendo ao redor, inovações, tecnologias e trazer isso para o mundo real das pessoas para que consiga ajudar de uma forma efetiva no desenvolvimento econômico e social da cidade. Então, esse livro vai ajudar muito para que tenhamos uma cidade cada vez melhor para se empreender e viver”, afirma Silva.

Para o historiador e autor da obra, Osias Ribeiro Neves, os últimos cinco anos foram especialmente difíceis pelos impactos humanos e econômicos da pandemia, e também por drásticas mudanças comportamentais e sociais vindas, principalmente do uso da tecnologia e dos embates políticos, além dos eventos climáticos extremos que se abateram sobre a Capital.

“É um livro que conta desde o processo de construção da cidade até o momento atual. A primeira edição foi em 2017 e agora fizemos uma revisão e ampliamos incluindo os últimos cinco anos, muito difíceis para a população e o comércio, principalmente. O livro passa por esse período fazendo uma leitura, também, do campo político, das agruras das enchentes, enfim, cinco anos bem complicados”, pontua Neves.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, Adriano Faria, avalia o livro como um documento capaz de subsidiar o desenvolvimento da Capital e conquistas como o reconhecimento do Conjunto Arquitetônico da Pampulha como Patrimônio Cultural da Humanidade e do próprio município como “Cidade Criativa pela Gastronomia”. Ambos os títulos foram concedidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

“Esse é mais um gesto de amor por Belo Horizonte. Um livro como esse, tem uma importância que transcende as suas páginas. Somos uma capital que, diferentemente da grande maioria, já nasceu sendo pensada como capital. Somos uma cidade que representa, como nenhuma outra, todo território do Estado. Precisamos, então, olhar para o futuro, mas precisamos ter sempre esse olhar do nosso passado. Somos uma cidade histórica em que você caminha pela cidade e vai desenhando a história. Se não tivermos esse cuidado de registrar na forma de livros a nossa expressão cultural, corremos o risco de ter uma geração nova e que não se identifica com a cidade, então momentos como esse, iniciativas como essa, são sempre muito bem-vindas”, conclui Faria.

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