Log conclui venda de ativos em Betim e Salvador por R$ 509,7 milhões

A Log Commercial Properties concluiu a venda de mais dois condomínios logísticos para o fundo de investimentos imobiliário do banco BTG Pactual, por um total de R$ 509,7 milhões. Os ativos negociados foram o Log Salvador, por cerca de R$ 339,8 mil, e o Log Betim Via Expressa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por aproximadamente R$ 169,9 milhões.
A transação compreende 138,2 mil m² de área bruta locável (ABL). O negócio teve margem bruta de 40,9% e a liquidação financeira será dividida em dois pagamentos. A quitação da primeira parcela, de 55,8%, ocorreu no fechamento do acordo. Já a segunda, de 44,2%, deverá ser paga após 24 meses e corrigida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Esta foi a terceira negociação entre a Log e o BTG Pactual. Com as novas aquisições, o fundo de investimento imobiliário do banco atingiu a marca de 413 mil m² de ABL, totalizando R$ 1,5 bilhão em ativos administrados. Assim como nas transações anteriores, a empresa mineira mantém a execução dos contratos de gestão e administração dos condomínios vendidos.
Recentemente, a Log adotou a reciclagem do portfólio como uma das principais alternativas de geração de valor para os acionistas. A incorporadora entende que a estratégia é positiva por reforçar o caixa para novos investimentos e reduzir a alavancagem financeira, de modo que a estrutura de capital seja compatível com o plano de crescimento futuro da companhia.
Com este foco, a empresa acumula R$ 1,7 bilhão em vendas nos últimos 12 meses. No período, além do Log Betim, a Log negociou, em Minas Gerais, o Log Contagem I. O empreendimento, com 58 mil m² de ABL, foi negociado com o fundo de investimentos imobiliário do Inter.
Construção de novos empreendimentos pelo País
Entre 2025 e 2028, a desenvolvedora de condomínios logísticos greenfield e locadora de galpões de alto padrão no Brasil – uma das maiores do setor no País – investirá R$ 3,5 bilhões na construção de novos ativos. Parte desse montante, R$ 2,8 bilhões, será levantado justamente com a estratégia de reciclar o portfólio, ou seja, com a comercialização de outras unidades da empresa.
O aporte diz respeito ao próximo ciclo de crescimento da incorporadora, o “Log 2 milhões”, que prevê a entrega de 2 milhões de m² de área bruta locável. Se concretizado, o plano representará um aumento líquido de 70% no total de ABL da companhia em relação ao fim de 2024.
Os empreendimentos serão construídos em 22 locais, sendo um terço no Sudeste, outro terço no Nordeste, 20% no Centro-Oeste, 15% no Sul e 3% no Norte. Embora a Log não detalhe quais estados e cidades vão receber os ativos, sabe-se que todas as praças possuem região de consumo relevante, têm, pelo menos, um milhão de habitantes e já possuem operações da empresa.
Antes disso, a Log concluirá o projeto “Todos por 1.5”, lançado em 2020 com a intenção de construir 1,5 milhão de m². Investindo aproximadamente R$ 850 milhões para finalizar o ciclo, a desenvolvedora pretende entregar, neste ano, mais de 500 mil m² de área bruta locável.
Ativos em construção no Estado
Em novembro, o CFO da Log, André Vitória, disse que a companhia construirá pelo menos dois ou três ativos em Minas Gerais no âmbito do “Log 2 milhões”. Além de ser mineira, a empresa vê o Estado como estratégico por ter uma economia forte e pujante, que demanda consumo.
Conforme o DIÁRIO DO COMÉRCIO apurou, a incorporadora está investindo R$ 225 milhões em dois novos ativos em Contagem. O primeiro será inaugurado ainda no primeiro semestre e o segundo está previsto para ser construído no decorrer do ano.

Na região do Barreiro, em Belo Horizonte, um galpão também será entregue até junho, com aporte de cerca de R$ 110 milhões.
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