Log lucra R$ 111 milhões e amplia expansão com novos ativos em 2025
A mineira Log Commercial Properties registrou lucro líquido de R$ 111,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, um aumento de 14,7% em relação ao mesmo período de 2024. Com isso, a locadora e desenvolvedora de condomínios logísticos acumula R$ 284,8 milhões nos nove primeiros meses de 2025, valor 16,6% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano anterior.
A empresa também apresentou aumento de 18% na receita líquida de locação trimestral, que totalizou R$ 66,7 milhões. Além disso, alcançou R$ 192,8 milhões em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) entre janeiro e setembro, alta de 29,3% em relação a 2024.
O Ebitda de locação atingiu R$ 57,1 milhões no último trimestre, com margem de 85,6% e avanço de 15,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024. O lucro por ação cresceu 15,7% na comparação trimestral e 23,6% em relação aos nove primeiros meses do ano anterior.
A alavancagem — relação entre a dívida líquida ajustada e o Ebitda — foi de 1,3 vez, enquanto o tíquete médio por metro quadrado (m²) locado atingiu R$ 22,43/m², crescimento de 10,3% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
Além disso, a Log aprovou, nessa quinta-feira (29), o pagamento de R$ 26.423.245,94 em dividendos intermediários, com base no saldo de reserva de lucros apurado no balanço referente ao terceiro trimestre. O montante equivale a R$ 0,30371793523 por ação ordinária.
Os dividendos serão pagos com base na posição acionária de 10 de novembro. As ações passam a ser negociadas na condição “ex-proventos” a partir do dia 11, e o pagamento será realizado em 28 de novembro.
Vendas de ativos e entregas realizadas em 2025
A Log realizou neste mês a venda de três empreendimentos para o BTG Fundo de Investimento Imobiliário, administrado pela gestora BTG Pactual, no valor total de R$ 364 milhões. Os ativos envolvidos na transação somam 110.671 m² de área bruta locável (ABL).
O pagamento será feito em duas parcelas: 53% do valor total será liquidado no fechamento da transação, e os 47% restantes em até 24 meses, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Esta é a terceira reciclagem de ativos realizada pela empresa em 2025. As três operações somaram R$ 790 milhões em vendas de imóveis, valor que permitirá financiar a expansão com recursos próprios, sem necessidade de nova alavancagem.
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A empresa registrou vacância estabilizada de 0,81% no terceiro trimestre, abaixo da média de mercado, estimada em 7%. Também entregou mais 86 mil m² de área bruta locável, totalizando 207 mil m² de ABL no ano, com empreendimentos em Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Paraná e São Paulo.
Expansão da Log no mercado
Outra aposta da companhia neste ano foi a expansão da Log Adm, subsidiária dedicada à administração de ativos logísticos. A iniciativa ampliou a atuação da empresa para empreendimentos de terceiros, alcançando 2,6 milhões de m² de ABL sob sua gestão. Desse total, 464 mil m² correspondem a ativos não desenvolvidos pela Log.
A expansão resultou em crescimento de 50,4% da receita líquida sob gestão de ativos em relação ao terceiro trimestre de 2024. O indicador já representa 46% das despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A, na sigla em inglês).
O CEO da Log, Sergio Fischer, destaca os benefícios gerados pela evolução do programa de expansão da empresa, que prevê a entrega de 2 milhões de m² de ABL até o fim de 2028. “À medida que o nosso programa de expansão, o Log 2 milhões, evolui e os esforços comerciais em mercado aberto amadurecem, a expectativa é que essa operação cubra integralmente as despesas e se torne um importante vetor de crescimento e geração de valor sustentável no longo prazo”, afirma.
A companhia busca constantemente oportunidades para monetizar investimentos que já atingiram maturidade. Essa estratégia permite que a empresa mineira mantenha um portfólio dinâmico, capaz de se adaptar às demandas do mercado e às condições econômicas.
A estratégia de utilizar a reciclagem de ativos como principal fonte de financiamento próprio reforça a disciplina financeira da companhia. Ela também contribui para a atratividade e liquidez dos empreendimentos, distribuídos em regiões estratégicas para o desenvolvimento logístico em todo o território nacional.
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