Maior parte da produção da Vale em Minas já não utiliza barragens de rejeitos

O processamento do minério de ferro a seco já é predominante nas operações da Vale em Minas Gerais. No acumulado do ano até setembro de 2023, 54% da produção da empresa no Estado foi com este método, sem uso da água no beneficiamento do insumo. Assim, a produção mineral não gera rejeitos e dispensa a construção de barragens.
A proporção é bem superior a 2016, quando era de 20%. Atualmente, quase 80% da produção da Vale no País é realizado pelo processamento a seco. Em 2014, era 40%.
De janeiro a setembro do ano passado, 78% das 216 milhões de toneladas de minério de ferro produzidas pela mineradora não geraram rejeitos.
Logo após a tragédia de Brumadinho, a Vale assumiu o compromisso, inclusive por exigência legal, de acabar com todas as barragens do tipo de alteamento a montante. Desde 2019, a empresa direcionou R$ 7 bilhões para eliminar esse tipo de estrutura no País, com 10 barragens a montante descaracterizadas em Minas Gerais.
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Extinção das barragens a montante da Vale
Para este ano, a previsão é que outras três barragens a montante sejam extintas em Minas Gerais. A B3/B4, localizada na Mina Mar Azul, em Nova Lima, já teve mais de 90% do conteúdo do reservatório removido. Sua descaracterização deve ser concluída no segundo semestre deste ano.
Além da barragem em Nova Lima, as outras duas estruturas previstas para serem eliminadas em 2024 são os diques 1A e 1B, na mina Conceição, em Itabira (MG). Mais de 40% das 30 barragens a montante previstas no Programa de Descaracterização já foram eliminadas.
Outras 17 estruturas estão em processo de descaracterização e a previsão é que nenhuma barragem esteja em condição crítica de segurança (nível de emergência 3) até 2025. A conclusão total do Programa está prevista para 2035.
Todas as ações da Vale implementadas nas estruturas a montante são acompanhadas por equipes técnicas independentes, resultado do Termo de Compromisso firmado entre a empresa e o Ministério Públicos Estadual, Federal, e o Estado, representado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD).
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