Mais de 160 mercadinhos são abertos por dia no Brasil

Minimercado, mercadinho, mercearia, armazém ou bodega. Independentemente de como são chamados em cada região do país, os estabelecimentos que revendem produtos alimentícios em bairros e pequenas cidades estão em alta. Somente no primeiro semestre deste ano, foram abertos mais de 29 mil desses pequenos negócios — o que representa 162 CNPJs registrados por dia ou quase sete novas lojas a cada hora.
Um dos fatores que impulsionam esse avanço é a geração de empregos e de renda no país, em que micro e pequenas empresas respondem por mais de 60% das contratações. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento na abertura de empresas foi 8,5% superior (27,1 mil em 2024).
Os dados fazem parte de um levantamento do Sebrae a partir do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal. A pesquisa também aponta que 70% desses pequenos negócios estão registrados como microempreendedores individuais (MEI).
A analista de Competitividade do Sebrae, Jane Blandina da Costa, avalia positivamente o momento de expansão do setor. “Mostra que os brasileiros estão aproveitando esse cenário econômico e o nível de emprego para empreender. Os negócios de bairro são fundamentais porque movimentam a economia local, geram renda complementar para as famílias e aproximam o consumidor de soluções rápidas e acessíveis”, analisa.
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Cristina Kimie Yoshida, proprietária do Mercado Oriental em São Paulo | Foto: Divulgação
Dicas para o empreendedor
Para manter o faturamento em alta, Jane Blandina separou algumas orientações importantes para esse modelo de negócio:
Gestão
Não tem para onde fugir: o sucesso passa por uma gestão financeira simples e organizada. A primeira recomendação é separar as contas da empresa das contas pessoais e acompanhar de perto as entradas e saídas do mercadinho. “Isso dá clareza e evita surpresas no caixa”, aponta a analista.
Conhecimento
Os mercadinhos prosperam quando o empreendedor entende o perfil do consumidor local. “É importante observar hábitos, preferências e ouvir sugestões. Isso ajuda a ajustar o mix de produtos oferecidos”, diz.
Digitalização
O celular e as tecnologias podem ser grandes aliados dos pequenos negócios. Ferramentas de delivery, grupos de WhatsApp e redes sociais ajudam a aumentar as vendas e fidelizar os clientes. “Pequenas ações digitais ampliam o alcance e mantêm a competitividade”, ressalta Jane Blandina.
(Conteúdo distribuído por Agência Sebrae)
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