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Mapeamento inédito lista 157 marketplaces mais importantes no Brasil; oito são de Minas

Os negócios realizados dentro dos marketplaces têm se tornado uma forma de as pequenas empresas conseguir alavancar suas vendas. Veja a lista
Mapeamento inédito lista 157 marketplaces mais importantes no Brasil; oito são de Minas
Foto: Reprodução Adobe Stock

Os negócios realizados dentro dos marketplaces têm se tornado uma forma de as pequenas empresas conseguirem alavancar as vendas. Com milhares de consumidores todos os anos, os marketplaces representam cerca de 78% do faturamento do e-commerce brasileiro.

A informação é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) que, de olho neste segmento, fez um mapeamento inédito, com 157 marketplaces, oferecendo uma ficha detalhada de cada um deles.

O levantamento conta com informações sobre custos, formas de cobrança, pré-requisitos, critérios de avaliação e o processo para se tornar um vendedor. Isso permite que o empreendedor interessado escolha a plataforma que melhor se alinha ao perfil do seu negócio.

Os marketplaces são plataformas que reúnem diversos vendedores em um único ambiente virtual, permitindo que os consumidores encontrem uma variedade de produtos e serviços em um só lugar. Essas plataformas oferecem várias vantagens como maior visibilidade, acesso a um público amplo, facilidades logísticas e de pagamento.

Para o especialista em varejo e mercado de consumo do Sebrae Minas, Victor Mota Ferreira, os produtos anunciados em um marketplace são muito mais vistos e a oportunidade de vendas aumenta, o que implica em alta do faturamento.

O marketplace quebra a barreira de entrada no e-commerce, por exigir pouco e, em muitos casos, nenhum investimento do vendedor. Ele não precisa utilizar recursos próprios no desenvolvimento da plataforma, em marketing ou publicidade em um primeiro momento, ainda que seja necessário um posicionamento dentro do próprio marketplace após algum tempo. Sem contar também, que o local conta com os meios de pagamentos consolidados”, explica.

O especialista em varejo e mercado de consumo do Sebrae Minas, Victor Mota Ferreira. Foto: arquivo pessoal
O especialista em varejo e mercado de consumo do Sebrae Minas, Victor Mota Ferreira. Foto: arquivo pessoal

Marketplaces mapeados em Minas Gerais

Dos 157 marketplaces mapeados pelo Sebrae, oito são de Minas Gerais. Veja a seguir:

  • Hotmart – Belo Horizonte – Marketplace de venda de Cursos e Conteúdos Digitais
  • Sympla – Belo Horizonte – Marketplace de Venda de Ingressos para Eventos
  • Armário Compartilhado – Belo Horizonte – Aluguel de vestidos de festa e acessórios em Belo Horizonte
  • Alluagro – Uberlândia – Aluguel de Máquinas Agrícolas
  • Wine Trader – Nova Lima – Marketplace de Vinhos
  • Facily – Contagem – Compras Coletivas
  • Alugalogo – Belo Horizonte – Aluguel de Caçambas de Entulho

Os marketplaces selecionados pelo Sebrae Nacional podem ser considerados bem sucedidos e, com um refinamento maior na busca, é possível encontrar outros, salienta Ferreira. Ele destaca ainda que o marketplace não é um negócio tão simples de ser implementado e nem alavancado.

“Algumas iniciativas ainda estão ali nos primeiros passos. Por exemplo, o Sebrae Minas tem o Integra Moda, que é um marketplace com o objetivo de conectar fabricantes de moda, roupas, sapatos, dentre outros itens, com lojistas. E ele nem foi listado no levantamento por ser incipiente, mas daqui a um tempo será mais expressivo”, projeta.

Quais as vantagens de vender em um marketplace?

O estudo feito pelo Sebrae elenca as seguintes vantagens principais de se vender em um marketplace:

  1. Otimização dos Recursos: montar um e-commerce próprio demanda tempo e investimento. Integrar-se a um marketplace permite que você aproveite uma plataforma já estabelecida, economizando em desenvolvimento e marketing.
  2. Alcance de Clientes: os marketplaces investem continuamente em marketing e atraem uma grande audiência, o que aumenta a visibilidade dos seus produtos e a probabilidade de vendas.
  3. Meios de Pagamento Seguros: Essas plataformas oferecem meios de pagamento confiáveis e opções antifraude, garantindo a segurança das transações.
  4. Dados para Gestão: Relatórios detalhados sobre vendas e desempenho ajudam a planejar estratégias e promoções de forma mais eficaz.
  5. Interface com Ferramentas de Gestão: A integração com ferramentas de gestão facilita a administração do negócio e a análise de dados.

Porém, nem tudo são flores no caminho do empreendedor que busca realizar vendas em alguns dos marketplaces disponíveis. Segundo Victor Mota Ferreira, em um levantamento realizado com 1,4 mil micro e pequenas empresas do varejo em Minas Gerais, foi apurado que apenas 6% delas têm uma estratégia comercial bem estruturada. Enquanto isso, 94% perdem vendas por não possuírem estratégia comercial.

“Sem estratégia definida eles não conseguem trabalhar com margens menores, que são geralmente praticadas no mercado on-line. As vendas costumam ter margens em média de 20%, no máximo 25%. Já na loja física, a margem gira entre 40% e 50%. E com a margem na venda on-line não pode haver erro, pois corre-se o risco de ter prejuízo na venda”, pontuou ele.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Dentro dos marketplaces o preço é o principal fator de decisão de compras, podendo incrementar ou não as vendas dos empreendedores, afirmou Ferreira.

“Sem um bom posicionamento, o empreendedor não consegue ter um volume de venda satisfatório dentro dessa plataforma, e isso impacta no resultado. É quando ele tende a desistir, sendo que ele tinha tudo para dar certo. É importante trabalhar estratégias comerciais para entender que a venda no marketplace é mais sobre o volume de vendas do que sobre a margem que ele pode ter em uma venda única”, considerou.

Por conta disso, o varejista tradicional ainda tem acessado pouco as vendas no marketplace, porque exige dele uma nova operação.

“Ele tem a expertise na loja física, onde domina e cuida com uma equipe enxuta. Para ele começar a vender nos marketplaces, ele precisa reestruturar a equipe, contratar mais gente e criar uma nova operação. Geralmente a tentativa é de fazer isso com a equipe existente. É onde começam as dificuldades para responder as questões dos interessados, de trabalhar o preço de venda, dentre outros problemas. Colocar gente para trabalhar ele consegue, mas criar a estratégia comercial costuma ser mais complexa”, explicou.

Por mais que possa haver uma resistência de um varejista de entrar para esse canal, pelo fato da necessidade de estruturar um novo processo, uma nova operação, o cliente está nessas plataformas, destacou o especialista.

Crédito: Freepik

“Então, cada vez mais vemos os carros do Mercado Livre, da Shopee e de outros marketplaces rodando a cidade, fazendo entregas para todo lado, vendendo produtos que são encontrados nos varejos tradicionais também. O marketplace é um caminho sem volta, não tem como ficar adiando a entrada nesse segmento, porque só vai perdendo mercado e vendas”, considerou Ferreira.

Itens necessários para atuar no marketplace

Confira a seguir os principais pontos destacados pelo especialista:

  • Preço competitivo,
  • boas fotos,
  • bons títulos nos anúncios,
  • descrição detalhada do anúncio,
  • uma equipe dedicada a responder às mensagens com agilidade,
  • outra equipe para realizar o envio, devolução ou trocas da mercadoria com rapidez
  • e uma boa estratégia comercial, que envolva precificação, que é o gerenciamento da margem versus o volume a ser vendido.

Veja o mapeamento dos marketplaces por setores:

Agronegócio

  • Agrofy
  • Alluagro Marketplace
  • Broto
  • Orbia

Alimentos e Bebidas:

  • Aiqfome
  • App Justo
  • Cave On
  • Delivery Much
  • Facily
  • GPA
  • Ifood
  • Munddi
  • Rappi
  • Smart Break
  • TheCoWine
  • VinoNacional
  • Winetrader
  • Zé Delivery

Artesanato

  • Elo7
  • Etsy

Beleza

  • Beleza na Web
  • Belong Be
  • Singu

Casa e Construção

  • Alugalogo
  • Bilds
  • Boobam Marketplace
  • Camicado
  • Decoradornet
  • Habitissimo
  • Hauseful
  • Iguanafix
  • Já Vendeu
  • Juntos somos mais
  • Leroy Merlyn
  • Madeira Madeira
  • Mobly

Conexões Empresariais

  • Alibaba
  • B2Brazil
  • Connect Americas
  • Inventashop
  • Martins Atacado

Economia Criativa

  • AppTicket
  • Bilheteria Digital
  • Estante Virtual
  • Ingresse
  • Shotgun
  • Sympla

Influenciadores

  • HypeAuditor
  • Infleux
  • Influency.me
  • MIS
  • Squid
  • TikTok Creator

Logística e Transporte

  • 99
  • Alfred
  • Blablacar
  • Buser
  • Eu entrego
  • goFlux
  • iCarros
  • Indriver
  • James
  • LalaMove
  • Loggi
  • RentalCars
  • Rentcars
  • Uber
  • WebMotors

Mercado Digital

  • Promobit
  • Vibbra

Moda

  • Amaro
  • Armário Compartilhado
  • Atacado.com
  • C&A
  • Dafiti
  • Enjoei
  • Findup
  • LingerieBR
  • Netshoes
  • Renner
  • Repassa
  • Riachuelo
  • Shafa
  • Shein
  • Shopcouture
  • Tricae
  • Zattini

Negócios Pet

  • Cobasi
  • Dog Hero
  • Pet Booking

Saúde e Bem-estar

  • Conecta Médico
  • Efetiva saúde
  • Farmácias App
  • Guia da Alma
  • Ident
  • Portal do Médico
  • Raia Drogasil
  • Suprevida
  • Tato Fisioterapia Inteligente
  • Telavita
  • Vacinas.net
  • Vittude
  • Zenklub

Serviços Educacionais

  • Eduzz
  • Hotmart
  • Kiwify
  • Melivro
  • Superprof

Serviços Profissionais

  • 7G7 Market
  • 99Freelas
  • Freelancer.com
  • GetNinjas
  • Helpie
  • Ohub
  • Parafuzo
  • Star of Service
  • VinteConto
  • VintePila
  • WeDoLogos
  • Workana

Startups

  • Casafy
  • Finpass
  • Growyx
  • Lemon Cash
  • Liber Capital
  • Ulend

Turismo

  • AirBnB
  • Booking
  • Decolar.com
  • Easyblue
  • Expedia
  • Hotels.com
  • iFriend
  • Skoobtur
  • Tripadvisor
  • Vrbo

Varejo

  • Aliexpress
  • Amazon
  • Americanas.com
  • Carrefour
  • Casas Bahia
  • Centauro
  • Clube Canal da Peça
  • Ebay
  • Extra
  • Facebook
  • Faire
  • Magazine Luiza
  • Mercado Livre
  • Novo Mundo
  • Olist
  • OLX
  • Shopee
  • Shoptime
  • Submarino
  • WebContinental

    Acesse o levantamento completo feito pelo Sebrae.
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