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Mascarenhas Barbosa e Roscoe completa 85 anos de operação

Mascarenhas Barbosa e Roscoe completa 85 anos de operação
Principal atuação da empresa é no segmento industrial, sendo que os setores de mineração e siderurgia os maiores clientes - Crédito: Divulgação

O ano de 2019 é de comemoração na Construtora Mascarenhas Barbosa e Roscoe, que completa 85 anos de operação em Minas Gerais. Especializada em construção civil pesada e com um portfólio com grandes marcas como Gerdau, ArcelorMittal e Vale, a empresa enfrentou a crise econômica nos últimos anos com investimento em tecnologia e novos processos. No ano passado, a construtora cresceu 10% em faturamento em relação a 2017 e a meta para este ano é avançar mais: 15% sobre o ano passado.

De acordo com o diretor-executivo, Annibal Ferraz, a principal atuação da empresa é no segmento industrial, sendo que os setores de mineração e siderurgia são os que concentram o maior número de clientes. A empresa desenvolve projetos diversos, desde as plantas das fábricas, até estruturas específicas como altos-fornos e tanques de construção. A construtora tem sede no bairro Funcionários, na região Centro-Sul da Capital, mas atende clientes em todo o País.

Os últimos anos foram desafiadores para a empresa, conforme explica o diretor. Com a crise econômica, os investimentos dos clientes em projetos diminuíram drasticamente, levando a empresa a recuar em faturamento.

“Para se ter ideia da situação do mercado, basta olhar para os nossos números em 2013, quando faturamos R$ 700 milhões. Em 2018, atingimos R$ 100 milhões em receita e esse resultado já representa crescimento de 10% em relação a 2017”, afirma.

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Ferraz destaca que o negócio da construtora depende da confiança do empresário na economia. Se ele percebe que “não há uma luz no fim do túnel”, então para de investir. Ele acredita que foi isso que aconteceu a partir de 2014, mas garante que a empresa conseguiu contornar a situação.

Crédito: Julio Bittencourt.

“Sempre estamos preocupados em fortalecer nossa área de tecnologia, assim como adotar novos métodos e processos. Além disso, nos últimos anos buscamos construir alternativas para atender outros setores, como agronegócio, petróleo e energia. Acredito que essas serão áreas potenciais para explorarmos num futuro próximo”, diz. 

Desafio – A paralisação parcial da atividade de mineração no Estado em decorrência da tragédia em Brumadinho também surgiu como um desafio no início deste ano, uma vez que alguns projetos desse setor precisaram ser interrompidos. Por outro lado, o diretor lembra que é nos momentos de crise que surgem as oportunidades. Ele acredita que a revisão dos processos ligados às barragens nesse setor pode gerar novas demandas construtivas e, portanto, fomentar o setor.

O diretor se diz otimista em relação a 2019. Ele acredita na recuperação da economia e, para isso, torce pela aprovação da reforma da Previdência. A expectativa é de que a empresa cresça 15% em faturamento, alcançando R$ 115 milhões este ano.

Ferraz destaca que, além da expectativa da reação do mercado, o otimismo vem também da força da empresa, que viveu outros momentos difíceis em 85 anos de história, mas se manteve.

“Acreditamos que o que nos trouxe até aqui são seis pontos-chaves, que estão atrelados a princípios e valores. Eles são: respeito, foco nos relacionamentos, simplicidade, melhoria contínua, sustentabilidade e comprometimento”, finaliza.

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