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Medicamentos da Biomm ganham fatia no mercado

Para o segundo semestre, expectativa é manter um bom desempenho, elevando o volume de vendas e receita líquida
Medicamentos da Biomm ganham fatia no mercado
Foto: Divulgação/Biomm

Apesar de registrar uma queda significativa no resultado do segundo trimestre, a biofarmacêutica Biomm, com planta em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vem registrando bom desempenho nas vendas de seus medicamentos.

Entre os fármacos, a companhia destaca o desempenho do Herzuma, destinado ao tratamento do câncer de mama, que manteve 14% de market share. Na franquia da diabetes, o Glargilin, comercializado desde junho de 2021, aumentou a participação de mercado no segundo trimestre de 2022, passando a representar cerca de 2% das vendas de insulina glargina no período.

Outro destaque positivo no período é a atuação da Biomm no segmento de antitrombótico. A participação de mercado de Ghemaxan cresceu de forma significativa: de 3,3% no segundo trimestre de 2021 para cerca de 7% agora.

“Para o segundo semestre, a expectativa da Biomm é seguir crescendo e ampliar o volume de vendas e receita líquida, por meio de licitação e de ganho de market share”, disse a CFO e diretora de Relações com Investidores da companhia, Mirna Santiago.

Resultados

Ao longo do primeiro semestre, a receita líquida da biofarmacêutica Biomm chegou a R$ 47,6 milhões, resultado que superou em apenas 0,6% o resultado obtido em igual período do ano passado. A estabilidade no faturamento se deve à queda de 34,5% na receita do segundo trimestre.

Em relação aos resultados, no segundo trimestre de 2022, a receita líquida da Biomm retraiu expressivos 34,5% e chegou a R$ 22,5 milhões, ante os R$ 34,3 milhões registrados em igual trimestre de 2021.

De acordo com Mirna Santiago, a redução significativa da receita no segundo trimestre foi causada pela queda de preços de medicamentos. No semestre, o resultado ainda positivo se deve ao ganho em volume de vendas.

“A queda no trimestre foi decorrente da redução do preço de venda dos produtos. Isso aconteceu pela forte concorrência no mercado. O resultado positivo foi influenciado pelo maior volume de vendas, principalmente do Glargilin e Ghemaxan, que tiveram suas vendas iniciadas em março e abril de 2021, fazendo com que o volume no primeiro semestre de 2022 fosse maior”.

A redução dos preços também impactou no lucro bruto. De acordo com os resultados divulgados pela Biomm, no segundo trimestre a queda no lucro bruto ficou em 50,3% com o valor caindo de R$ 10,9 milhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 5,4 milhões no segundo trimestre de 2022.

Com o resultado negativo no trimestre, a empresa fechou o primeiro semestre com um lucro bruto 35,7% menor e somando R$ 8,8 milhões, ante R$ 13,7 milhões registrado em igual intervalo do ano passado.

Fábrica e vacina

Até o final do ano, a Biomm espera obter o certificado de Condições Técnico Operacionais (CTO) para a nova fábrica instalada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Hoje, a planta fabril está em processo de validação e certificação. A estimativa da biofarmacêutica é que a Anvisa faça inspeção na unidade nos próximos meses.

Ainda segundo a diretora da Biomm, em relação à venda da vacina contra a Covid-19, o processo de validação ainda está em andamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Em março deste ano, a Biomm solicitou o registro definitivo da Convidecia na forma injetável para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), considerando o avanço da vacinação e a ampliação das faixas etárias, além da possibilidade de contribuir com a imunização dos brasileiros de forma contínua e definitiva. O processo ainda está em andamento”, explicou.

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