Melhoramentos cria a 5ª maior Reserva Particular do Patrimônio Natural de Minas

A Melhoramentos – companhia de capital aberto que controla empresas do setor editorial, negócios de base florestal renovável e imobiliário – recebeu do Instituto Estadual de Florestas (IEF) a aprovação para transformar parte de sua propriedade na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) “Parque Levantina”. Localizada na Serra da Mantiqueira, no município de Camanducaia e no distrito de Monte Verde (Sul de Minas Gerais), a RPPN se situará entre as cinco maiores de Minas Gerais e entre as maiores do País.

O objetivo da empresa com a nova condição desse território é assegurar a preservação de 23 milhões de m2 de Mata Atlântica – uma área equivalente a 2.300 campos de futebol – protegendo a fauna e a flora e toda a sua biodiversidade.

A RPPN “Parque Levantina” foi criada voluntariamente pela empresa em uma área que já era de sua propriedade e agora ganha o status de área perpetuamente destinada à preservação, de acordo com a Portaria IEF 07 de 19 de janeiro de 2023, em um processo que foi iniciado em dezembro de 2020. Ainda que a empresa venda a área no futuro, o próximo proprietário precisará mantê-la preservada.

Com a transformação da área de Reserva Legal para RPPN, a Melhoramentos é a responsável legal pela preservação da área e também poderá ter apoio dos órgãos governamentais para fiscalização e proteção do local.

A Melhoramentos já realiza um manejo reconhecidamente exemplar em suas propriedades, obtendo selos internacionais de reconhecimento como exemplo, o FSC (Forest Stewardship Council). As práticas de conservação das matas nativas, além dos corredores para animais e das nascentes em suas propriedades, propiciam o aparecimento de espécies raras e em extinção nas florestas da companhia. Este é o caso do macaco muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), um dos primatas mais raros e ameaçados de extinção e considerado o maior macaco das Américas, registrado recentemente por biólogos nessa área da RPPN Parque Levantina.

De acordo com a legislação ambiental de RPPNs, a empresa só poderá realizar três tipos de atividades no local: com foco em educação ambiental, ecoturismo e pesquisas científicas. A empresa terá cinco anos de prazo para apresentar um plano de manejo para a conservação da área, que deverá ter a aprovação do IEF.

O elevado padrão de conservação das RPPNs contribui para o equilíbrio climático e uma economia de baixo carbono, em linha com iniciativas como o programa Rota da Descarbonização, lançado pelo governo de Minas Gerais, para acelerar as ações que visam zerar as emissões de carbono na atmosfera para uma economia sustentável até 2050.

A criação da RPPN contribui ainda para três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), que estão integrados à estratégia da empresa: o ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, ODS 13 – Combate às Alterações Climáticas e ODS 15 – Vida sobre a Terra.

132 anos de conservação

A palavra ‘ecologia’ em 1922 ainda tinha uso raro, mas na Melhoramentos, sob o comando de Alfried Weiszflog, já era palavra de ordem. Ao ser consultado sobre se a empresa deveria optar por comprar um terreno urbano para erguer a sede da empresa ou a Fazenda Levantina para plantar florestas, ele optou pela floresta, mas recomendou: “Mas comecem por cuidar do que lá encontrarem. Principalmente dos rios, dos bichos, das árvores, da mata nativa”.

“O reconhecimento da RPPN Fazenda Levantina está diretamente ligado com o propósito da Melhoramentos desde sua fundação, que é resguardar e preservar o meio ambiente e nossas florestas. Um dos nossos fundadores Alfried Weiszflog, já antecipava a vocação sustentável da empresa ao definir novos rumos, a partir da produção de fibras de alto rendimento e com uma produção consciente. Em seu discurso visionário para os padrões da época, ele já reforçava esses valores que a empresa deveria seguir, dizendo naquela ocasião: ‘Vamos comprar, replantar e não somente usufruir. Vamos reflorestar’. E assim seguimos seu legado. Esse é um valor que contagia e atrai pessoas com o mesmo propósito para dentro da corporação”, declara a diretora Jurídica, de Pessoas e Sustentabilidade da empresa, Karin Neves.