Méliuz oferece benefícios nas compras no varejo

Ele já não é mais uma startup, pelo menos não na definição clássica. Criado em 2011 e consolidado entre as empresas de base tecnológica mais importantes do Brasil, o aplicativo Méliuz – é uma empresa de tecnologia que oferece uma experiência de compra integrada à vida financeira dos usuários, criando novas oportunidades para clientes e varejistas. Pioneira em diversas frentes, possui um ecossistema robusto que oferece benefícios como cupons de desconto e cashback nas melhores lojas on-line e na compra de gift card e na recarga de celular.
Com um histórico que mistura inovação e muito pé no chão – ainda que muitas vezes isso pareça impossível – o Méliuz está hoje na série Mineiridade para contar como se tornou a primeira startup a abrir capital na Bolsa de Valores brasileira, formando o grupo CASH3, depois de perder as contas dos nãos que recebeu dos fundos de investimentos.
De acordo com o fundador e CEO do Méliuz, Israel Salmen, foram mais de 60 tentativas entre 2013 e 2015.
“No final de 2015 conseguimos contato com o dono da OLX. Duas semanas depois estávamos assinando o acordo. Depois disso o jogo virou. Era a chancela que nos faltava. Depois fizemos mais captações em 2016 e 2017. Soubemos manter os pés no chão e fazer os investimentos baseados em testes, sem querer passar o carro na frente dos bois. O capital era abundante naquela época e muitos não tinham carinho pelo dinheiro. Continuamos com a mesma cabeça, entendendo que o ideal é identificar os erros pequenos de forma rápida e corrigi-lo”, explica Salmen.
Em janeiro de 2022 a plataforma lançou sua conta digital integrando novos serviços ao ecossistema, como Pix e compra e venda de bitcoins, garantindo uma experiência de consumo ainda mais fluida e inteligente. Em 2020, foi a primeira startup a abrir capital na Bolsa de Valores brasileira, formando o grupo CASH3, que ainda conta com o site Picodi.com, marca global presente em 44 países; Promobit, plataforma de social-commerce; Melhor Plano, site que oferece ferramentas de comparação de preços de serviços de telecomunicações de serviços financeiros; Alter, empresa especializada na negociação de criptoativos, Muambator, empresa que consolida rastreamento on-line de pacotes e encomendas nacionais e internacionais e o iDinheiro, marketplace de serviços financeiros com mais de 3 milhões de visitas por mês.
A companhia possui hoje mais de 26 milhões de contas cadastradas, com acesso a um app que oferece ao usuário conta digital gratuita, Pix, cartão de crédito sem anuidade, com cashback, criptoback e investimento em bitcoin, além de cashback em gift cards, recargas e compras realizadas nas maiores lojas on-line do País.
“Empreendedores são otimistas por natureza, com pouca aversão ao risco. À medida que as coisas vão dando certo, o otimismo cresce e, com ele, os riscos também podem aumentar. O antídoto é manter firme a sua cultura – os valores que você usa no dia a dia – e recrutar sempre pessoas alinhadas com o seu propósito. Sempre digo que 80% de uma cultura forte está no recrutamento. Não se muda os valores de alguém. Não existe cultura melhor ou pior, existe a sua. A maior parte dos nossos executivos foi formada aqui dentro”, destaca.
Ainda assim, a escassez de mão de obra qualificada é uma sombra para o crescimento das empresas de base tecnológica. Em 2016, já pressionados pela carência de profissionais de TI em Belo Horizonte, o Méliuz partiu para Manaus (AM). A pandemia deu outra guinada na forma de contratação e hoje a companhia trabalha em sistema remoto com colaboradores espalhados por mais de 160 cidades.
“Faltava talento em BH. Fomos para Manaus e montamos um escritório que chegou a ter 90 pessoas e ficar maior que o de Belo Horizonte. Com a pandemia, descobrimos que tem talentos incríveis distribuídos pelo Brasil. Hoje estamos em mais de 160 cidades sem escritório físico e não perdemos desenvolvedores para empresas estrangeiras”’.
Meta é manter o ritmo de crescimento
Além de seguir lançando novas ferramentas e funcionalidades, a meta do Méliuz para os próximos anos é manter o nível de crescimento. Para isso o empresário aposta na realização de encontros presenciais assertivos, pouco numerosos e com grande potencial de gerar soluções.
“Minha única preocupação desde o início era saber qual seria o negócio que faria a disrupção no meu. Por isso constantemente testamos novas verticais e produtos. É um risco ficar parado. São dez tentativas para uma dar certo. É difícil saber qual o futuro da tecnologia, mas não podemos ignorar as coisas novas que estão surgindo. Eu não gosto de inventar a roda, gosto de adaptar. Procuro negócios que estão indo bem e penso em como deixar eles pouco melhores modificando pouca coisa. O modelo de cashback não era novidade quando entramos no mercado, mas conseguimos fazer algo melhor. Outros produtos vieram depois, entramos em serviços financeiros. Pensamos sempre na jornada aspiracional do usuário”, completa o fundador do Méliuz.
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