Negócios

Mercado Novo aposta na economia criativa para seguir crescendo

Recebendo cerca de 15 mil frequentadores por dia no centro de BH, empreendimento gera 3 mil empregos diretos
Mercado Novo aposta na economia criativa para seguir crescendo
O Mercado Novo foi encontrando sua própria identidade, revelando sua vocação como potência cultural de BH | Crédito: Laurent Leite/ Comunicação Ilimitada

Comemorando 60 anos, o Mercado Novo (região do hipercentro) contabiliza os bons resultados pós-pandemia e se posiciona como um hub da economia criativa de Belo Horizonte. Com cerca de 15 mil frequentadores por dia, o empreendimento se distancia cada dia mais da pecha de lugar abandonado e “primo-pobre” do Mercado Central, gerando 3 mil empregos diretos.

De acordo com o curador do Mercado Novo, Luiz Felipe de Castro, o local foi encontrando sua própria identidade ao longo das décadas, revelando sua vocação como potência cultural e apresentando uma curadoria de negócios inovadora.

Em setembro, o Mercado ganhou a sua primeira logomarca. Os icônicos cobogós (blocos vazados da fachada) foram escolhidos pela Greco Design para representar o local.

“Apesar de nunca ter sido oficialmente inaugurado e ter passado os primeiros anos praticamente esquecido, por uma série de fatores econômicos e políticos, e ter ficado muito aquém do que poderia ter sido, o Mercado Novo vem descobrindo suas vocações. Este é o momento de maior vigor. Fizemos um projeto de revitalização em 2017, que foi crescendo aos poucos, com muito cuidado. Tivemos uma queda pequena no número de negócios durante a pandemia, mas mesmo assim conseguimos ocupar o terceiro piso. Hoje, são 120 lojas naquele andar”, explica Castro.

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A retomada do Mercado Novo integra um movimento de revitalização do centro da cidade. Atualmente, 85% das lojas estão ocupadas por segmentos como: bares, restaurantes, grifes autorais e artesanais de roupas, bolsas, sapatos, óculos e acessórios, brechós, gráficas, luthierias, lojas de uniformes, entre outros.

Um dos destaques é a feira livre que acontece nas madrugadas e funciona como um “braço” da Ceasa, abastecendo cerca de 40% dos sacolões da cidade.

“O Mercado Novo está inserido em um movimento feliz que acontece no centro da cidade. A Praça Raul Soares, por exemplo, está recebendo a primeira decoração de Natal. Tivemos as inaugurações da Galeria São Vicente e do McDonald ‘s, também na Praça. As pessoas estão buscando o Centro, que é onde estão as tradições de Belo Horizonte”, pontua.

Para atender a demanda de Natal, o espaço estendeu o horário de funcionamento e espera um incremento de 60% no volume de vendas e 40% de circulação de visitantes. Para o ano que vem, a perspectiva é de maior diversificação do mix de lojas e aumento da taxa de frequência.

No último ano, o Mercado apresentou novidades como uma academia de boxe | Crédito: Laurent Leite Comunicação Ilimitada

No último ano, o Mercado apresentou novidades como coworkings, estúdio de podcast, agência de turismo e até uma academia de boxe.

“Somos o lugar da tradição e também da inovação. Continuamos com o propósito de fazer o Mercado mais criativo. Com a chegada dos coworkings, tem aumentado a frequência dos empresários aqui. É um trabalho árduo, trazer novos negócios. Queremos, por exemplo, ter mais espaços relacionados ao esporte, com outras modalidades; aumentar a presença de negócios digitais, como games e, claro, ampliar a rede de serviços de modo geral. Está prevista uma série de eventos para BH no ano que vem e isso é sempre uma janela de oportunidades. Vamos fortalecer o Mercado Novo dentro do roteiro turístico da cidade”, completa o curador do Mercado Novo.

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