Minas Gerais é o segundo maior mercado pet brasileiro; setor projeta crescimento de 2,4% em 2025

Minas Gerais é um dos principais mercados do setor pet no Brasil e é considerado um dos polos de consumo e serviços para animais de estimação. O Estado abriga mais de 18 milhões de pets, o que representa 11% da população pet nacional e é a segunda maior do País, atrás somente de São Paulo.
Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) e mostram ainda que, em 2024, o setor voltado para pets em Minas Gerais teve um faturamento de R$ 7,3 bilhões, representando cerca de 10% do montante nacional.
A quantidade de animais de estimação em Minas supera ainda toda a região Norte. A população pet do Estado é composta por:
- 7,96 milhões de cães,
- 4,67 milhões de gatos,
- 4,49 milhões de aves canoras e ornamentais
- e 2 milhões de peixes ornamentais.
Diante de quantidade expressiva de animais, o Estado possui mais de 6 mil lojas de ração e acessórios para pets nos 853 municípios e cerca de 500 clínicas especializadas.
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Cenário econômico desafia setor pet no País

Nacionalmente, a projeção Abinpet e do Instituto Pet Brasil (IPB) é de um faturamento de R$ 77,2 bilhões em 2025, crescimento de 2,4% em relação a 2024. A previsão é menor que a estimativa feita no início do ano, que apontava alta de 3,5% . Conforme as entidades, o dado precisou ser revisto devido a fatores como inflação, câmbio do dólar e desaceleração do consumo.
“O setor pet segue sólido, mas os resultados projetados para 2025 refletem os desafios econômicos e o peso da alta tributação sobre os produtos e serviços do setor”, afirma o presidente do Instituto Pet Brasil, Caio Villela.
Segundo o IPB, os pet shops de pequeno e médio porte respondem por quase metade do faturamento do varejo, com movimentação prevista de R$ 37,12 bilhões neste ano. Clínicas e hospitais veterinários representam cerca de 17,5% do faturamento (R$ 13,5 bilhões), enquanto as grandes redes de lojas concentram 9,6% (R$ 7,4 bilhões).
“Apesar da relevância crescente do digital, este crescimento mais tímido é uma preocupação. O consumidor está mais criterioso, o que reforça a necessidade de estratégias eficientes para manter a competitividade. O IPB segue acompanhando esse cenário e reforça a importância de um ambiente tributário mais equilibrado para garantir o avanço sustentável da indústria pet”, avalia Villela.
A produção de alimentos para pets, principal segmento da indústria, também sente os efeitos da economia. Após uma queda de 0,6% em 2024, a expectativa é de nova retração em 2025, estimada em 3,9%, com a produção ficando abaixo de 4 milhões de toneladas, mesmo com capacidade instalada para mais que o dobro. O setor defende a inclusão do mercado pet nas alíquotas reduzidas da reforma tributária como forma de estimular a produção e ampliar a arrecadação.
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