MG está no centro da estratégia da Hope

Há 55 anos fabricando e vendendo lingerie no Brasil, a Hope, hoje com 208 lojas em território nacional e presença em 15 países, se prepara para mais do que dobrar de tamanho, mirando em cidades do interior do País e lojas de rua.
Minas Gerais está no centro da estratégia. Às atuais 15 lojas devem se somar a mais 20 unidades até o fim de 2022. De acordo com o gerente Nacional de Expansão do Grupo Hope, André Momberg, o Estado é o segundo em potencial de novos negócios para a marca. As próximas inaugurações em Minas estão previstas para São João del-Rei, no Campo das Vertentes; e Pouso Alegre, no Sul de Minas.
Assim como muitas outras marcas de moda, nos concentrávamos especialmente nos shoppings. A pandemia fez com que isso fosse revisto. Quando tudo começou foram as lojas de rua que continuaram trabalhando, implementando drive thrus, entregando ‘malinhas’. Revisamos nossa estratégia, lançamos o formato ‘Duo’ para as cidades menores e percebemos que podemos chegar às 500 unidades, em cinco anos, ampliando nosso ciclo de expansão”, explica Momberg.
Em 2021, apesar do desastre econômico gerado pela pandemia, a Hope tem registrado uma boa performance. Neste ano, a empresa teve o melhor mês de maio de sua história de 55 anos. Em termos de faturamento, a companhia superou a marca anterior, de maio de 2017, em expressivos 34%. Além disso, a empresa também estabeleceu um novo recorde no quesito vendas (sell out), com um resultado 25% superior ao patamar anterior – a melhor marca anterior havia sido registrada em 2019.
Os novos planos da empresa, que passou a realizar eventos virtuais voltados à aproximação com as consumidoras – as chamadas live commerces –, incluíram o avanço no uso de canais digitais, principalmente Instagram, WhatsApp, e-commerce e marketplaces.
A rede oferece o modelo de negócio Light para cidades com mais de 200 mil habitantes com investimento inicial a partir de R$ 250 mil e o modelo Duo, que vende roupas da Hope e Hope Resort para cidades com menos de 200 mil habitantes com investimento inicial a partir de R$ 300 mil.
“São três modalidades de lojas de rua: monomarca Hope, monomarca Resort, e a Duo. Estamos avaliando cidades de 60 mil habitantes, coisa que era impensável até 2019. Conquistamos no Brasil clientes que conhecem a marca, mas nem todas tinham acesso. Agora queremos estar mais próximos, oferecendo uma experiência completa. Com o home office tem muita gente deixando os grandes centros e voltando para o interior. Essas pessoas querem continuar consumindo suas marcas preferidas e também muitas estão encontrando uma oportunidade de negócio levando essas marcas para suas cidades, incluindo a Hope”, destaca o gerente Nacional de Expansão do Grupo Hope.
Uma opção que já está acontecendo é a conversão de modelo dentro da própria loja. Unidades que antes eram “Hope” ou “Resort”, estão se transformando em “Duo”, aumentando de tamanho, expandindo mix e gerando novos postos de trabalho.
Ao mesmo tempo que expande, a marca mantém o compromisso de ser sustentável, levantando ações de responsabilidade ambiental e social, como o projeto “Doe Esperança” – Lingerie para todas”, que incentiva a doação de peças íntimas. A ação prevê a arrecadação de calcinhas, sutiãs e pijamas usados nas lojas da marca, com a doação das peças – depois de sua correta desinfecção e higienização – a ONGs, instituições, fundações ou entidades religiosas à escolha de cada franqueado.
“Essa é uma campanha pioneira. Aprendemos que não se doam peças íntimas, mas temos processos eficazes que permitem a doação sem nenhum perigo. Não temos medo de ações que causem estranheza. Com conhecimento as pessoas se livram dos preconceitos e acabam aderindo com mais força às causas. É isso que queremos através da confiança que a marca já conquistou junto às suas clientes, levar o conforto e qualidade dos nossos produtos e também bem-estar e dignidade para todos que estão à nossa volta”, afirma.
A cada ano, cerca de 170 toneladas de lixo são produzidas pelo setor de roupas íntimas do Brasil, segundo Associação Brasileira da Indústria Têxtil. Do total, menos da metade é reciclada. Além de oferecer roupas íntimas em boas condições de uso à população em situação de rua, o projeto pretende impedir o descarte das peças usadas na natureza.
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