Minas lança “Fundo Indústria de Corporate Venture Capital”

Realizado pelo Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Sindinfor) e pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o workshop “Fundo Startup Indústria: a excelência dos fundos de venture capital corporativo”, acontece hoje, em Belo Horizonte, no P7 Criativo, na região do hipercentro.
O evento conta com palestrantes como o cofundador da startup DealList, Rafael Ribeiro; o diretor de Canais e Novos Negócios da FCJ Venture Builder, Geraldo Santos; o sócio da Guimarães & Vieira de Mello Advogados, Helder Fonseca; o diretor de Inovação Aberta do Fundo de Investimento em Startups da Arcellor Mital, Rodrigo Carazzoli; e o presidente da Anjos do Brasil, Cassio Spina.
De acordo com o organizador do evento e presidente do Sindinfor, Fábio Veras, o encontro vai debater as características e oportunidades trazidas pelos chamados Venture Capital Corporativo ou, em português, capital de risco corporativo.
“Diferentemente de um venture capital tradicional, onde o que importa é ‘só’ uma boa oportunidade de negócio, o corporativo se interessa por empresas que possam dar uma vantagem competitiva a quem aporta o capital, como um ganho de eficiência nos processos ou escalabilidade nas vendas, por exemplo. O fundo busca empresas que tenham sinergia com o negócio principal. Logo, o venture capital corporativo não é para empresas iniciantes, mas para quem já está no mercado com o negócio testado e rodando”, explica Veras.
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Entre os temas debatidos estão:
- Como promover uma nova cultura operacional e estratégica;
- De que maneira esses fundos podem impulsionar a indústria em sinergia com a corrida tecnológica;
- Principais tendências de investimento na indústria nos próximos anos.
Além disso, serão apresentados cases reais de multinacionais.
Em sua palestra, o cofundador da startup DealList vai falar sobre ferramentas para que médias empresas possam investir em startups e, com isso, acelerar o processo de inovação.
“Até agora, esse é um mundo distante para as médias empresas. Somente as grandes investem em startups. Uma das grandes dificuldades é achar bons negócios para investir. Elas têm dificuldade para conhecer e escolher o bom negócio. Criamos formas delas se alavancarem investindo em startups estratégicas. São estruturas e constituições jurídicas formando metodologias para selecionar as melhores startups do Brasil. A média empresa precisa aumentar produtividade, diminuir custo e aumentar a inovação e a solução pode estar nas startups“, pontua Ribeiro.
Além disso, será lançada a proposta do Fundo Indústria de Corporate Venture Capital com o objetivo de orquestrar a próxima onda de progresso industrial e transformar o cenário de inovação no Estado.
“A criação do Fiemg Lab, em 2016, sempre representou uma camada de geração de ativo para a indústria e para a Fiemg. Os frutos gerados nos permitiram levar, já em 2020, a ideia de criação do Fundo Indústria. Esse movimento hoje se fortaleceu no Brasil e já é realidade em indústrias de Minas, faltando agora a última camada: a institucionalidade abraçada pela entidade em um Fundo Indústria pleno, de expressão econômica à altura do nosso Estado”, afirma o presidente do Sindinfor.
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