Minas Gerais lança pacote de empreendedorismo tecnológico para universidades

Minas Gerais segue investindo na educação superior como ferramenta para geração de oportunidades no empreendedorismo. Como parte das ações voltadas para o fomento da Ciência, Tecnologia e Inovação, foi lançado nesta quarta-feira (4), em Belo Horizonte, o Pacote de Empreendedorismo Tecnológico para Universidades.

A iniciativa, desenvolvida pelo governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), vai receber aporte de R$ 43 milhões.

O montante é composto por recursos não-reembolsáveis, destinados ao incentivo e desenvolvimento de empreendimentos tecnológicos em universidades, proporcionando uma maior interação entre o universo acadêmico e o mercado.

Segundo o Subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais, Lucas Mendes, a ideia é incentivar o empreendedorismo nos mais variados níveis das instituições de ensino, da graduação à pós-graduação e pesquisa. “Queremos incentivar, cada vez mais, que essas instituições atuem junto ao setor produtivo e beneficiem cada vez mais negócios”, destaca Mendes.

Dentre os três editais presentes no pacote, está o Vivência Universitária do Empreendedorismo e Inovação (Vuei). O programa busca incentivar o empreendedorismo nas universidades, gerando mais startups e incubadoras, aceleradoras e cultura de empreendedorismo tecnológico dentro das formações.

Além disso, o edital cientista empreendedor desenvolverá novas empresas a partir de pesquisas de mestres, mestrandos, doutores ou doutorandos, vinculados ou não às instituições. Já o laboratório certificador financiará infraestruturas tecnológicas laboratoriais para prestação de serviços para o setor produtivo e para a sociedade.

Pacote de empreendedorismo contribui para ‘gargalo’ da mão de obra qualificada em Minas Gerais

A partir do programa, novos laboratórios poderão surgir para certificar produtos mineiros. Com isso, novas conquistas poderão ser viabilizadas a exemplo do Queijo Minas Artesanal, cuja produção se tornou Patrimônio Imaterial da Humanidade em título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Também presente no evento, o Secretário Executivo de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Bruno Araújo, reforçou a importância do projeto para o gargalo de mão de obra qualificada em Minas Gerais.

“Essas três ações podem ajudar no gargalo de mão de obra qualificada. As universidades já atendem muito bem essa questão, e através desse programa vamos ter técnicos, graduandos e pós-graduandos com experiência profissional tanto para atuarem em empresas quanto para abrirem o próprio negócio”, argumenta.