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Minas Gerais responde por 6% do mercado nacional de condomínios logísticos

Minas Gerais responde por 6% do mercado nacional de condomínios logísticos
Do total disponível em Minas Gerais em estoque, 900 mil metros quadrados estão na Região Metropolitana de Belo Horizonte e 600 mil metros quadrados no interior do Estado | Crédito:

Do estoque total de cerca de 25 milhões de metros quadrados de condomínios logísticos existentes no Brasil, Minas Gerais abriga 1,5 milhão de metros quadrados, ou 6%, representando o quarto maior mercado do País.

À frente aparecem São Paulo (14 milhões de metros quadrados), Rio de Janeiro (2,8 milhões de metros quadrados) e Paraná (1,9 milhão de metros quadrados).

Em termos de “apetite” para novos investimentos, porém, a capital mineira ultrapassa Curitiba na consulta por parte das incorporadoras. E, mais recentemente, com a crise econômico-financeira vivida pelo Rio de Janeiro, Belo Horizonte tem perdido apenas para São Paulo.

“Historicamente, os investidores sempre querem olhar São Paulo, Rio de Janeiro e, eventualmente, Belo Horizonte. Mas, com a crise na capital fluminense, a capital mineira acabou ganhando ainda mais notoriedade, além de já contar com diferenciais como infraestrutura, mão de obra qualificada e incentivos fiscais”, explicou o diretor de Serviços Industriais e Logísticos Latam da CBRE, Fernando Terra.

Do total disponível em Minas Gerais em estoque, 900 mil metros quadrados estão na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e 600 mil metros quadrados no interior do Estado, com destaque para as regiões do Triângulo Mineiro, Sul de Minas e Zona da Mata. Em relação às cidades, os principais destaques são Betim, Confins e Ribeirão das Neves, na RMBH, e Extrema e Juiz de Fora, no interior.

Tamanha procura, segundo Terra, tem refletido nos lançamentos do Estado, que tem registrado média de 150 mil metros quadrados de novos galpões por ano, divididos igualmente entre Grande Belo Horizonte (75 mil metros quadrados) e interior (75 mil metros quadrados). Isso significa um crescimento de 10% a 15% a cada exercício.

De maneira geral, segundo o diretor da CBRE, os principais indicadores de performance do mercado de condomínios logísticos do Brasil reagiram bem ao cenário político e econômico de 2019, apresentando resultados superiores aos de 2018. Segundo ele, atualmente, a cidade mineira que mais cresce no mercado de condomínios logísticos é Extrema (Sul).

“Tanto a localização quanto os incentivos oferecidos pelo Estado contam como diferenciais, pois o investidor pode construir um galpão com custo menor e manter uma distância razoável do centro logístico do País, que é São Paulo. Além disso, a prefeitura faz um trabalho muito interessante de atração de empresas e qualificação de mão de obra”, destacou.

Sobre a atividade do mercado, o diretor comentou que com uma produção média de 150 mil metros quadrados por ano, a absorção bruta (o que é alugado ano a ano) supera os 200 mil metros quadrados no mesmo período. Isso tem ocorrido, de acordo com ele, pelo próprio aquecimento da economia, a partir da recuperação no País, após a crise financeira, entre outros fatores.

“Além disso, o mercado logístico mineiro tem tido demandas específicas também para novas operações de e-commerce. Hoje, os principais players de varejo e e-commerce que não estão em Belo Horizonte, olham para a cidade”, revelou.

Nacional – O Brasil registrou, no ano passado, um estoque de 25 milhões de metros quadrados de condomínios, dos quais a absorção bruta chegou a 2,6 milhões de metros quadrados, equivalente a um acréscimo de 13% em comparação ao volume total absorvido em 2018.

Já a absorção liquida apresentou alta de 11,9% no mesmo tipo de confronto. Destaque para os segmentos de logística e comércio que, juntos, representaram 32% da absorção bruta em 2019.

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