Negócios

Minas terá usina fotovoltaica financiada por criptomoedas

Com aporte de R$ 6 mi, parque está sendo erguido pela startup EnergyPay em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha
Minas terá usina fotovoltaica financiada por criptomoedas
Usina deve entrar em operação este ano, com potência de 1 MW e capacidade de abastecimento de até 10 mil residências | Crédito: DVULGAÇÃO/Engenharia de Comunicação

Sob investimentos de R$ 6 milhões, Minas Gerais vai abrigar a primeira usina fotovoltaica brasileira construída a partir de recursos de criptomoedas. O parque está sendo erguido pela startup EnergyPay em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, e deve entrar em operação ainda em 2022, com potência de 1 megawatt (MW) e capacidade de abastecimento de até 10 mil residências por meio de geração distribuída.

Mas os aportes não param por aí. Os planos da empresa envolvem outras 14 usinas não apenas em Minas, mas também em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com recursos que deverão ultrapassar a casa dos R$ 80 milhões.

De acordo com o CEO da EnergyPay, Marcos Silva, revolucionário, o projeto conta com financiamentos provenientes das taxas de transação de uma moeda digital própria, a EnyCoin (ENY). Além disso, o ativo é visto como uma tendência que deve se intensificar a cada dia, por oferecer retorno financeiro em curto e longo prazo.

“Trata-se de um negócio sustentável do ponto de vista financeiro e ecológico. Teremos a produção de energia sem desmatamento, enquadrado na legislação e pautado pela Agenda 2030. Ou seja: a prerrogativa é que, quanto mais se compra a ENY, mais ela será valorizada, o que representa um incentivo natural para a descarbonização, a mitigação do aquecimento global e a produção de energia limpa no Brasil e no mundo”, afirma.

Na prática, a EnergyPay divide o custo das obras em diversas frações que são comercializadas em tokens. Depois disso, cada usina será construída em quatro etapas: 1ª) Taxa de transação: nesta fase, uma parte da porcentagem será destinada ao empreendimento; 2ª) Tokenização: os interessados compram as frações das usinas solares, de acordo com os seus interesses; 3ª) Compradores privados: grupos receberão propostas diferenciadas para viabilizar as obras; 4ª) Reinvestimento sobre a produção: alavancagem, para o desenvolvimento da usina, até que a meta de construção de 15 mw seja atingida.

“Na EnergyPay, o comprador de ENY torna-se um colaborador ativo da usina solar e recebe uma fração da empresa. Isso significa que ele ganha tanto com a valorização do ativo financeiro quanto com os percentuais da venda de energia”, ressalta o executivo.

Silva destaca ainda que o interesse do mercado em ativos sustentáveis é irreversível, já que essas práticas têm se tornado fator de competitividade para as empresas. “Não há como voltar ao passado: a cada dia, a preocupação com o meio ambiente se tornará o direcionamento do processo produtivo para uma gestão eficaz”, diz.

Assim como ocorre com demais projetos de usinas solares, o parque converterá a luz do sol em corrente alternada para, depois, ser transmitida, em forma de energia elétrica, para a rede do Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio da geração distribuída. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui atualmente 4.357 usinas fotovoltaicas em operação com uma capacidade de aproximadamente 3,84 GW.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas