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Mineiro resgata história de Jesus

Mineiro resgata história de Jesus

Quer se acredite ou não, é impossível negar a importância de Jesus Cristo na história do mundo ocidental. Guerras foram travadas e o amor foi compartilhado em seu nome por séculos. Mas quem foi o homem por trás da teologia? Quem foi o verdadeiro Jesus? Os cristãos o conhecem como o Messias, mas a história revela um homem cercado de mistérios. E para o desespero dos céticos, os registros são incontestáveis quanto à sua existência: ele foi um camponês pobre do primeiro século que andou pela palestina romana e incomodou políticos, reis, sacerdotes e pagãos.

Em Jesus – Um breve roteiro histórico para curiosos, lançamento da editora Chiado Books, o professor de História da Arte, Iconografia e Simbologia, Alex Fernandes Bohrer, traça o perfil do Messias cristão por meio de perguntas que intrigam a humanidade há séculos, entre elas: Como foi a infância de Jesus? Como era a sua aparência? Ele foi um taumaturgo ou revolucionário? Qual foi o papel das mulheres no cristianismo primitivo? Com uma linguagem direta e acessível, e pautado por uma longa pesquisa, Bohrer responde essas e outras questões e conduz o leitor aos grandes eixos do cristianismo primitivo.

“Jesus é um personagem que sempre permeou minha vida de pesquisador e professor, já que minha especialidade é Iconografia Cristã e História da Arte”, explica Bohrer, que acrescenta, “também sempre tive interesse especial pelo cristianismo primitivo. A meu ver, entender esse contexto religioso é fundamental para compreendermos nossa própria civilização, com suas virtudes e mazelas. Como historiador, naturalmente os grandes mistérios da trajetória humana me intrigam. E a vida desse profeta palestino é um dos maiores mistérios de todos os tempos.”

Jesus – Um breve roteiro histórico para curiosos examina evidências arqueológicas, textuais e extrabíblicas, unindo o ícone religioso ao personagem histórico e fornecendo uma base sólida para o leitor quanto ao universo que cercou a vida de Jesus, o que ele fez e o que fizeram com a sua trajetória.

“Tenho dito em muitas palestras que Jesus é uma espécie de ‘cebola’ histórica. É uma metáfora bastante ilustrativa, pois ele é um personagem que tem várias camadas de realidade. Como uma cebola, quanto mais profundo vamos, mais nos aproximamos do Jesus histórico, de carne e osso; quanto mais camadas deixamos, mais nos aproximamos do Cristo, o Filho de Deus. Portanto, esses são entes diferentes: Jesus X Cristo. Não há contradições nesse jogo entre o histórico e o religioso. A própria Igreja Católica, por exemplo, prega que ele foi humano e divino na mesma medida. Crer no Cristo, é, portanto, uma questão de fé; entender Jesus, por outro lado, é uma tarefa da história e da arqueologia”, finaliza o autor.

Iniciativa da Tocalivros promove a literatura

A Tocalivros Social e a editora Vermelho Marinho lançaram gratuitamente na plataforma de streaming brasileira Tocalivros, o clássico do inglês George Orwell, A Revolução dos Bichos, em audiolivro, com narração do apresentador e humorista Fabio Porchat. Escrita em 1945, a fábula moderna satiriza o totalitarismo, a hipocrisia da tirania e a busca pelo poder. Um dos textos mais premiados do século 20, o clássico de Orwell foi eleito pela revista Time como um dos 100 melhores livros já publicados em língua inglesa.

Na história, a revolta é liderada pelos porcos Bola-de-Neve e Napoleão que querem tirar os humanos do comando. Eles tentam criar uma sociedade utópica, porém Napoleão, seduzido pelo poder, afasta Bola-de-Neve e estabelece uma ditadura tão corrupta quanto a sociedade de humanos. Com um pouco mais de três horas de duração, o audiolivro A Revolução dos Bichos levou três meses para ficar pronto e envolveu cerca de dez pessoas.

A superprodução conta com o que há de mais moderno em tecnologia para audiolivros: os efeitos sonoros binaurais, ou seja, quando o áudio é sentido pelo ouvinte em dois sons diferentes e ocupa um espaço de 360 graus. Apesar da superprodução, o título é totalmente gratuito. Isso porque a proposta da Tocalivros Social sempre foi de incentivar a democratização da leitura e mostrar como o audiolivro pode gerar impacto positivo na vida de milhões de brasileiros que têm pouco ou quase nenhum acesso aos livros.

A produção, que inaugura o novo selo da plataforma a Tocalivros Clássicos, também contou com a participação dos narradores Flávio Costa e Priscila Scholz, que fizeram as vozes dos animais; do produtor artístico da Tocalivros Clayton Heringer e teve composição de trilha sonora por Juscelino Filho. Para ter acesso ao audiolivro basta entrar no site www.tocalivros.com se cadastrar e navegar pela seção de obras gratuitas que pode ser escutado pelo app em dispositivos móveis ou computador. O aplicativo está disponível em iOS e Android na Apple Store e no Google Play.

Clube de Autores ganha espaço

No dia 16 de março completou um ano em que as primeiras medidas de restrição foram adotadas e o distanciamento social começou no Brasil por conta da pandemia de Covid-19. Neste momento, onde o mundo precisou se reinventar, o Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação da América Latina, abriu caminho para cerca de 200 novos autores e chegou a uma média de mil livros publicados por mês. A mudança de comportamento de leitores também impactou no mercado de vendas da plataforma, que cresceu 55% comparado ao ano de 2019.

Atualmente o Clube de Autores possui 72 mil títulos, deste número, quase 15 mil foram publicados durante a pandemia. “Tempos difíceis são, quase por definição, momentos de concentração absoluta de ansiedade. Durante este um ano de marco da pandemia não foi diferente. A ansiedade extrema gera criatividade. Não é por outro motivo que notamos uma profusão literária, nunca se escreveu tanto. Não à toa nossa comunidade de autores vem crescendo”, comenta o CEO do Clube de Autores, Ricardo Almeida.

Logo no início da quarentena, a plataforma promoveu um concurso “Crônicas de Quarentena”, convidando autores e entusiastas de todo o Brasil a fomentarem a leitura e escrita relatando suas próprias experiências. O intuito foi estimular todos a aproveitarem melhor seu tempo dentro de casa. Ricardo Almeida relembra surpresa com o sucesso da ação. “Recebemos mais de 830 histórias, com visões profundas e ricas sobre suas próprias histórias de medos, dores, esperanças e até mesmo de alegrias”.

Além de abrir espaço para estes e outros tantos autores, que podem publicar seus livros gratuitamente, o Clube de Autores lançou o livro “Crônicas de Quarentena”, com 39 das crônicas recebidas, e doou toda renda obtida com a venda para ajudar a Missão Covid, que conecta gratuitamente médicos voluntários a pessoas com sintomas de coronavírus.

Com este ritmo de crescimento, Ricardo Almeida tem expectativa de crescer de 50% a 70% em 2021. “A autopublicação já é uma realidade no mundo inteiro, temos mais de 40% de direitos autorais pagos nos Estados Unidos em livros autopublicados, por exemplo. Costumo dizer que ela é o único canal para novos autores mostrarem seus trabalhos, venderem seus livros e terem sucesso em suas carreiras. A partir disso, pode até acontecer de editoras buscarem por eles, vemos isso diariamente aqui no Clube de Autores. Mas fica a cargo deles decidirem se vão seguir independente ou não”, finaliza.

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