Inovação com propósito: Minas Summit 2025 abre espaço para debate sobre o futuro da mineração
A mineração, base da economia mineira, foi um dos temas centrais do Minas Summit 2025, que reuniu cerca de 12 mil participantes em Belo Horizonte. Com foco em inovação e sustentabilidade, o setor ganhou painéis exclusivos, como o “Resultado da Pesquisa de mineração em Minas Gerais”, realizada pela Academic Ventures -, e esteve representado em diversos outros e movimentou debates sobre o futuro da atividade até 2040, impulsionado por tecnologias que prometem reduzir impactos socioambientais e ampliar ganhos operacionais.
“Somos o Estado do minério e a inovação vai trazer uma sustentabilidade tão necessária ao setor. Minerar é importante, mas precisa ser com responsabilidade, causando o menor impacto possível na sociedade e no meio ambiente. Por isso, a pauta da inovação na mineração é tão relevante. Além de ser uma questão financeira. Qualquer economia em uma operação minerária pode significar milhões”, afirmou o coorganizador do evento e CEO da FCJ Venture Builder, Paulo Justino.
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A pesquisa traçou quatro cenários possíveis para o setor até 2040, sendo o mais positivo e mais provável o “Protagonismo Sustentável”. Segundo o CEO da Academic Ventures, Lucas Tomas, foram estabelecidos 17 drivers de inovação, ou seja, 17 ações estratégicas necessárias.
“A partir do estudo, conseguimos construir quatro cenários de futuro e escolhemos aquele em que acreditamos e sobre o qual vamos atuar, no qual a mineração é protagonista. Mas, para que ele se concretize, precisamos resolver alguns gaps, como tornar mais rápido o licenciamento ambiental, garantindo a segurança socioambiental e os interesses econômicos das comunidades impactadas. Acreditamos que, por meio da tecnologia, isso seja possível. Então, lançamos aqui no Minas Summit o KR Mining Ventures, no qual vamos apoiar 30 startups, e esse estudo vai subsidiar nossa tomada de decisão”, anunciou Tomas.
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Conexões empresariais
Startups e empresas de diferentes portes tiveram, durante os dois dias do Minas Summit, a oportunidade de encontrar futuros parceiros – de fornecedores a financiadores – entre os estandes da feira, no espaço Rodada de Negócios e até durante as palestras e painéis.
Líder em inovação e empreendedorismo na América Latina e CEO da Farani Escola de Negócios, Camila Farani foi uma das presenças mais festejadas do evento. No seu talk show, junto com Paulo Justino, ela promoveu uma versão local do Shark Tank Brasil – reality pioneiro de empreendedorismo no País – com dois empreendedores presentes na plateia.
O Asaas – fintech que oferece soluções para automatizar as atividades burocráticas das empresas -, pela primeira vez no Minas Summit, veio para ampliar a visibilidade em seu quarto maior mercado.
“Belo Horizonte tem um ecossistema de inovação pujante. Estar no Minas Summit reforça nossa presença no Estado e nossa vontade de contribuir com o ecossistema de tecnologia e inovação mineiro. Recentemente, adquirimos a NexInvoice, empresa mineira de automação de contas a pagar, e alcançamos a marca de meio bilhão de receita anual recorrente e mais de 200 mil clientes ativos”, comemorou o VP do Asaas, Marcelo Vital.
Discutindo um dos assuntos mais quentes do evento, a inteligência artificial (IA), o CTO da Localiza, André Petenussi, participou do painel “Além do hype: como Localiza e Unimed estão aplicando IA para gerar valor no dia a dia”.
“Já usamos IA há muito tempo, com dezenas de modelos em diferentes partes do negócio. Este é o momento da IA generativa, que cria conteúdos diversos para a empresa. O mais interessante é pensar em outras possibilidades para encantar o cliente com um custo de prototipação quase zero. Novas possibilidades criam uma diversidade de oportunidades muito maior do que aquelas que ela extingue. Portanto, a IA vai habilitar muito mais oportunidades do que as que ela eliminará”, destacou Petenussi.
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