Mineração inteligente: drones reforçam sustentabilidade na Alcoa

A Alcoa, referência global na produção de alumínio, está aprimorando as técnicas utilizadas na reabilitação ambiental pós-mineração. Em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, a indústria tem utilizado drones no monitoramento de áreas reabilitadas. A ferramenta permite uma análise detalhada e ágil da vegetação, sendo, assim, fundamental para o planejamento, a execução e o acompanhamento da recuperação ambiental.
O estudo – pesquisa de mestrado elaborada pela engenheira florestal da Alcoa, Brígida Costa, em parceria com o doutor Welington Kiffer de Freitas, da Universidade Federal Fluminense (UFF) – está sendo aplicado na Concessão Minerária do Retiro Branco, em Poços de Caldas. O trabalho tem o objetivo de comprovar que tecnologias associadas aos levantamentos arbóreos de campo e o uso de imagens de drones podem aprimorar ainda mais o monitoramento das áreas reabilitadas.
A engenheira florestal da Alcoa explica que, com os drones, é possível monitorar as áreas com uma frequência maior, de três em três meses, e cobrir espaços extensos em menos tempo, recebendo atualizações mais rápidas do que nas técnicas tradicionais.

“Para se ter uma ideia, antes do uso de drones levaríamos, no mínimo, uma semana de trabalho no campo e mais uma semana de tabulação de dados para um terreno de cinco hectares. Hoje, com o uso dos equipamentos, conseguimos finalizar o mesmo processo com 20 minutos de voo e mais 40 minutos de processamento no escritório”, explica Brígida Costa.
No monitoramento feito pelos drones, é possível avaliar, principalmente, a cobertura vegetal, a estrutura da vegetação e a evolução das áreas reabilitadas. Por meio do processamento de imagens com softwares, há detecção precoce de possíveis falhas na recuperação, garantindo, assim, um acompanhamento mais eficiente da evolução das áreas. Com os dados obtidos, é possível ter ganhos expressivos no planejamento, na execução e no acompanhamento da reabilitação ambiental. Além de agilizar o processo, a ferramenta também reduz os custos da operação.
“Com os drones, conseguimos análises mais detalhadas e precisas da vegetação, monitorando tanto áreas reabilitadas há mais de 40 anos quanto as mais recentes. É um mapeamento rápido, eficiente e que não depende apenas do trabalho de campo, permitindo atualizações constantes e respostas ágeis. Além disso, reduz custos e tempo de operação, já que facilita a identificação precoce de falhas e a realização de intervenções imediatas.”
O uso de drones já faz parte da rotina na fábrica de Poços de Caldas e também em outras unidades da Alcoa, como em Juruti, no Pará, e em Alumar, no Maranhão.
“A tecnologia de drones é um marco na transformação digital da mineração e na sustentabilidade das operações. Ela garante mais produtividade e segurança, fornece dados de alta qualidade e confiabilidade para acompanhar a recuperação ambiental, fortalece as práticas de ESG e ainda tem potencial para ser replicada em outros biomas e empresas.”
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