Francesa Mistral lança primeiro modelo de raciocínio de IA da Europa

Paris – A Mistral lançou na terça-feira (10), o primeiro modelo de raciocínio de Inteligência Artificial (IA) da Europa, que usa o pensamento lógico para criar uma resposta, enquanto tenta acompanhar o ritmo dos rivais norte-americanos e chineses na vanguarda do desenvolvimento de IA.
A startup francesa tentou se diferenciar defendendo suas raízes europeias, conquistando o apoio do presidente francês Emmanuel Macron, além de tornar alguns de seus modelos de código aberto.
A Mistral é considerada a melhor chance da Europa de ter um concorrente de IA, mas ficou para trás em termos de participação de mercado e receita.
Os modelos de raciocínio usam técnicas de cadeia de pensamento – um processo que gera respostas com habilidades de raciocínio intermediárias ao resolver problemas complexos.
Eles também podem ser um caminho promissor para o avanço da IA, uma vez que a abordagem tradicional de criar modelos de linguagem cada vez maiores, adicionando mais dados e capacidade de computação, começa a atingir suas limitações.
Para a Mistral, que foi avaliada por investidores em US$ 6,2 bilhões, uma mudança no setor em relação ao “aumento de escala” poderia dar à empresa uma oportunidade de se equiparar a rivais com maior capitalização.
A chinesa DeepSeek surgiu como concorrente viável em janeiro por meio de seus modelos de IA de baixo custo e de código aberto, inclusive um para raciocínio.
A OpenAI foi a primeira a lançar seus modelos de raciocínio no ano passado, seguida pelo Google alguns meses depois.
A Meta ainda não lançou um modelo de raciocínio autônomo, embora tenha dito que seu mais recente modelo de primeira linha tem recursos de raciocínio.
“O melhor pensamento humano não é linear – ele passa por lógica, insight, incerteza e descoberta. Os modelos de linguagem de raciocínio nos permitiram aumentar e delegar o pensamento complexo e a compreensão profunda à IA”, disse Mistral.
Snap anuncia óculos inteligentes para usuários em 2026
A Snap vai lançar seus primeiros óculos inteligentes para consumidores no próximo ano, aumentando a concorrência com a rival Meta no mercado de dispositivos eletrônicos “vestíveis”, também conhecidos como “wearables”.
A empresa informou na terça-feira (10) que seus óculos de realidade aumentada (RA), chamados Specs, serão leves.
A Snap lançou sua quinta geração de óculos Spectacles em setembro, mas eles estavam disponíveis apenas a desenvolvedores.
Conhecida pelo Snapchat, seu aplicativo de mensagens e fotos com filtros animados, a Snap tem apostado cada vez mais na realidade aumentada, que pode sobrepor efeitos digitais em fotos ou vídeos de ambientes reais através de uma câmera ou lente.
A integração da tecnologia em produtos vestíveis pode abrir novos mercados lucrativos e diversificar os fluxos de receita da Snap em meio a um mercado de anúncios digitais incerto, devido às mudanças nas políticas comerciais dos Estados Unidos.
A companhia tem investido mais de US$ 3 bilhões em 11 anos para desenvolver seus óculos de realidade aumentada, disse nesta terça-feira o cofundador e CEO da Snap, Evan Spiegel, na conferência de realidade aumentada Augmented World Expo 2025. “Antes de o Snapchat ter um bate-papo, estávamos construindo os óculos”.
A popularidade dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta, desenvolvidos pela Meta em parceria com a EssilorLuxottica, tem levado empresas como o Google a explorar investimentos semelhantes.
A Meta segue adicionando recursos de IA a seus óculos para atrair mais consumidores.
A Snap disse que faria uma parceria com a plataforma de realidade aumentada e tecnologia geoespacial Niantic Spatial para aprimorar o Lens Studio, um aplicativo usado por criadores de conteúdo para projetar, animar e publicar lentes de realidade aumentada para a câmera do Snapchat, e o Specs.
Reportagem distribuída pela Reuters
Ouça a rádio de Minas