Modelaço amplia produção de máquinas e equipamentos em aço

Criada em 2005, a Modelaço se dedica à fabricação de caçambas (estacionárias, e roll-on/roll-off), corte e dobra de chapas de aço, venezianas industriais, corte a plasma e laser CNC. Nos últimos cinco anos, desenvolveu as linhas de fabricação de outros equipamentos e serviços em aço, como implementos rodoviários, caldeiraria, usinagem, aços especiais e telhas metálicas.
As duas unidades instaladas em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) – matriz e filial – possuem, respectivamente, 3,5 mil metros quadrados e 28 mil m², abrigando cerca de 230 colaboradores.
Segundo o gerente de Expansão da Modelaço, Rodrigo Andrade, foi a partir da compra do maquinário de corte e dobra que a empresa, que atuava no setor de serralheria, começou a trabalhar com aço. Isso permitiu que ampliasse os setores atendidos.
“Isso abriu várias possibilidades no mercado. Começamos a desenvolver soluções em aço. Depois vieram os investimentos em outros segmentos do aço, como a fabricação de venezianas industriais, implementos rodoviários, começando pelas caçambas e, mais para frente, a linha de equipamentos para acoplar as caçambas ao caminhão. Em 2012, aconteceu um dos passos mais importantes, a abertura da filial a 10 quilômetros da matriz. Lá começamos a produzir telhas onduladas. Nos últimos anos, começamos o investimento em caldeiraria sob projetos. O cliente manda o projeto e nós fabricamos e, por fim, a usinagem para atender nossa própria demanda, projetos dos clientes e, também, projetos de terceiros. Assim passamos a atender as diferentes necessidades dos nossos clientes e ampliamos o mercado. Entre os principais estão a mineração, a construção civil e a reciclagem”, explica Andrade.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".

Apesar de já ter feito exportações para a África e ter vendas fechadas para o Uruguai, o foco da Modelaço é o Brasil. Com uma média de crescimento de 35% ao ano desde 2020, a meta para 2024 é manter o índice e reforçar a capacidade de produção nos segmentos de corte e dobra e usinagem, com compra de maquinário.
Para manter o desempenho, a empresa também faz forte investimento na formação de mão de obra e revisão constante de processos.
“A mão de obra é o maior desafio de qualquer empresa, especialmente as indústrias. A nossa proposta de valor é sempre remunerar bem, ter uma boa política de benefícios, disponibilizar acesso à educação por meio de bolsas de estudos e promover treinamentos internos, além de uma política de participação nos lucros. Temos um programa de capacitação técnica de jovens. Depois do curso eles são contratados como menores aprendizes com a possibilidade de serem efetivados. Muitos dos que estão aqui hoje passaram por esse processo”.
Como fornecedora de máquinas e equipamentos para indústrias de base e também de ponta de cadeia, as atividades da Modelaço indicam, em alguma medida, a confiança de outras indústrias no desempenho econômico do País.
A decisão de seguir investindo no aumento da capacidade produtiva revela uma visão de futuro otimista, porém, responsável ao buscar a melhoria contínua dos processos. A recente crise envolvendo as siderúrgicas brasileiras envolvendo o aumento da importação de aço da China não impactou os negócios da Modelaço.
O consumo do produto dentro do Brasil corrobora com a visão de mercado da empresa mineira. Segundo o Instituto Aço Brasil, as siderúrgicas instaladas no País venderam 3,169 milhões de toneladas no mercado interno, o que representa um incremento de 4,3% na comparação com o primeiro bimestre do exercício passado. O consumo aparente, que compreende tanto as vendas internas quanto as importações, cresceu 6,2%, somando 3,9 milhões de toneladas, no mesmo período.
“Sempre buscamos oportunidades quando o mercado põe o pé no freio diante de perspectivas negativas. Apostamos na melhoria da eficiência operacional, reduzindo os nossos custos, realocando os recursos sem prescindir da qualidade”, pontua.
Essa organização aponta também para uma postura que busca atender critérios de sustentabilidade e prática ESG à fabricação de máquinas e equipamentos em aço.
“Tomamos algumas medidas para fazer a nossa parte e ter uma melhoria para o ecossistema na totalidade. Investimos na economia de energia por meio da fabricação e do uso nas nossas unidades das venezianas industriais. Todo o aço descartado é reciclado, em parceria com empresas homologadas. Produzimos a nossa própria energia já há alguns anos por meio de placas fotovoltaicas e o setor de segurança do trabalho faz um trabalho contínuo de conscientização sobre descarte consciente com os colaboradores”, completa o gerente de Expansão da Modelaço.
Ouça a rádio de Minas