Montink prevê alta de 200% no faturamento neste ano

Uma ideia que nasceu de uma brincadeira entre amigos, a belo-horizontina Montink já conta com mais de 70 mil lojas on-line abertas e 200 mil estampas publicadas na rede, o que lhe conferiu o título de maior plataforma de dropshipping do Brasil. A startup funciona como um marketplace, por meio da qual as pessoas podem expressar sua arte, sentimentos e valores, criando e disponibilizando produtos no ambiente digital.
A empresa, fundada em 2014, é administrada por quatro sócios com ampla experiência em Gestão de Produto, Marketing, Tecnologia e Finanças e deverá encerrar 2020 com alta de 200% no faturamento, alcançando R$ 2 milhões.
De acordo com um dos sócios, Ramiro Neto, o desempenho será possível graças à nova plataforma, disponibilizada no início deste exercício, ao aumento da demanda, em função da pandemia de Covid-19, e à oferta de diferentes produtos para influenciadores, gamers e empreendedores, que buscam ter seu próprio negócio em casa.
“Identificamos como dor do nosso público, a dificuldade de monetização. Mais de 90% dos influenciadores, por exemplo, não conseguem vender sua influência, se restringindo apenas às famosas permutas. Da mesma forma que algumas empresas, especialmente as startups, começaram a desejar oferecer produtos customizados a colaboradores e usuários, de forma simples. Com a plataforma Montink possibilitamos que eles transformem sua mensagem ou conteúdo em produtos personalizados e relevantes para o público”, explicou.
A empresa já pagou R$ 700 mil em comissões e os lojistas faturam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês. “Esse mercado se tornou ainda mais visível em meio ao isolamento social, em que os olhos se voltaram para o mundo digital”, justificou o empresário.
É que nos últimos meses, a pandemia levou muitas pessoas ao desemprego, mostrou às empresas a necessidade de migrar para o digital e também possibilitou o empreendedorismo com o auxílio da tecnologia. Para se ter uma ideia, dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indicam que, somente em março, surgiram 80 mil novas lojas virtuais no País. Outro estudo da entidade mostra um crescimento médio de 52% no faturamento do e-commerce entre março e maio.
Foi neste cenário que a Montink enxergou uma oportunidade de crescimento. Conforme Ramiro Neto, nos últimos meses, a empresa cresceu mais de 400%, teve mais de 15 mil lojas abertas e vendeu mais de 10 mil camisetas.
O modelo do negócio também mudou. Até o início deste ano, as receitas vinham da cobrança de um percentual na venda de produtos disponíveis na plataforma gratuita da Montink, onde qualquer um poderia abrir um e-commerce. Em paralelo à loja gratuita, criaram e testaram um modelo White Label, pelo qual o cliente final entrava na loja e não imaginava que era a Montink que estava operando; e que permitia o lojista personalizar sua loja de acordo com seu desejo e perfil.
“Chegamos a ter mais de 200 lojas operando dessa forma. Por isso, este ano resolvemos lançar uma nova Montink, totalmente escalável, fácil de usar, prática e tudo isso com baixo investimento para que lojistas pudessem lucrar sem sair de casa”, contou.
Dessa maneira, a startup deixou de ter margem sobre os produtos e agora só cobra o valor de uma assinatura mensal ou anual. “Ao invés de investir em estoque, logística, sistema, equipe e suporte, o que custaria em torno de R$ 60 mil/ano para ter um e-commerce do zero, nossos clientes pagam uma assinatura anual de menos de R$ 500 e oferecemos toda a estrutura necessária para manterem suas lojas funcionando”, detalhou.
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