Moradora de Santo André reinventa modelo de brechó infantil e hoje fatura milhões por ano

Em 2015, enquanto cursava faculdade de administração, Giovanna Domiciano, na época com 21 anos, e seu irmão Flávio Thenório decidiram criar um negócio de roupas infantil.
Nascia assim, a Arena Baby, inspirada nas famosas Garage Sales, uma tradição bastante conhecida nos EUA, onde os moradores selecionam produtos quase novos ou nunca usados e os vendem por um valor mais baixo que os de mercado.
Com um investimento de cerca de R$ 3 mil, a primeira loja da rede ficava em Santo André, São Paulo, e possuía apenas 30 metros quadrados e contava apenas com 51 peças, entre roupas, calçados e acessórios. “Com o tempo, percebi que a ideia de trabalhar para outra pessoa não era para mim, então, depois de quatro semestres de insatisfação, larguei a faculdade e foquei 100% na nossa “recém-nascida”, Arena”, lembrou Giovanna Domiciano.
Depois de testar e adaptar o modelo de negócio, os irmãos decidiram que era hora de expandir a marca e ingressaram no franchising. “Hoje, já contamos com 18 lojas. Nosso crescimento gradual, mostram como nosso modelo de negócio deu certo”, afirma.
Outro fato que corrobora com o crescimento da rede é que a marca é extremamente sustentável, desde sua concepção – reutilização de roupas – até o operacional das lojas.
“Desde pequena, a cultura do reúso esteve fortemente no meu dia a dia. Poder disseminar isso em um modelo de negócio lucrativo e sustentável é muito gratificante”, comenta.
Segundo a Pesquisa Trimestral da Associação Brasileira do Franchising, o setor de moda infantil contou com um crescimento de 1,8% redes em funcionamento e o faturamento atingiu a casa de R$ 24.228 milhões, um crescimento de 5,7% em relação ao ano passado. Hoje, a Arena conta com 18 franquias e um faturamento de R$ 6,6 milhões anual. A expectativa é de que em cinco anos a rede já possua 147 lojas espalhadas pelo País.
“Com o crescimento exponencial da Arena Baby, fica claro que o brasileiro está deixando de lado o pré-conceito sobre o uso de produtos seminovos e adotando, como cultura, a prática de trocar e vender roupas e acessórios que não tem mais utilidade para os filhos”, pontua Giovanna Domiciano.
Para quem deseja abrir uma franquia, a empresaria acredita que o primeiro passo é se apaixonar pelo negócio que deseja investir e em seguida, “é muito importante que se pesquise bastante sobre a marca que você quer investir, valores de investimento, prazo de retorno, lucratividade etc.
E se o negócio for uma franquia, é importante que a pessoa interessada entenda como funciona estar dentro de uma rede franqueada, quais normas, padrões e processos que devem ser seguidos neste modelo de negócios”, ensina.
Reajuste no valor de investimento – Após dois anos no franchising, a rede percebeu que era possível fazer alguns ajustes para tornar o negócio mais atrativo para o potencial franqueado. “Hoje, nosso investimento inicial passou de R$ 250 mil para R$ 159 mil e o faturamento continua sendo o mesmo para os franqueados, os ajustes foram ótimos para atrair novos investidores”, finaliza Flávio Thenório. (Da Redação)
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