MTR Solar amplia produção em Minas e cria linha para retrofit em usinas

O Grupo MTR Solar, um dos maiores fabricantes de equipamentos para energia solar do Brasil, ampliou a produção em 15% após a inauguração da unidade fabril, localizada em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. A planta começou a operar em dezembro de 2024 e é considerada essencial para o crescimento do Grupo MTR Solar e também para atender à demanda robusta do mercado de energia renovável no País. Com a fábrica própria, a empresa também está atendendo usinas com projetos de retrofit.
Com uma estrutura moderna de 38 mil metros quadrados, a unidade produz rastreadores solares (trackers), estruturas fixas, skids e eletrocentros. Os componentes são fundamentais para garantir a eficiência e a sustentabilidade de projetos solares de grande escala. Além disso, a empresa criou uma linha de produção específica para fabricar peças de retrofit. Assim, passou a atender demandas vindas de usinas antigas que precisam de atualizações.
Conforme o CEO da MTR Solar, Thiago Rios, desde o início da operação da fábrica de Juiz de Fora, em dezembro de 2024, até junho deste ano, houve um crescimento próximo a 15% na produção de equipamentos e estruturas para usinas de solo em comparação com o mesmo período do ano passado. O planejamento é alcançar até o final do ano uma comercialização de 2 gigawatts (GW) de equipamentos e estruturas. A MTR atende setores estratégicos como agronegócio, indústria e saúde.

“A inauguração do nosso complexo em Juiz de Fora representa um marco importante na nossa trajetória. Com uma capacidade de produção ampliada, conseguimos atender de forma mais ágil e eficiente às demandas do mercado nacional.”
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MTR Solar aposta no retrofit
Ainda segundo Rios, a empresa, por meio de estudos, identificou um grande número de usinas solares antigas operando no País. Muitas dessas instalações precisam de um repaginamento para evitar a perda de potência e, consequentemente, prejuízos financeiros. Com o passar do tempo, fatores como degradação dos painéis, obsolescência de componentes e a evolução tecnológica tornam necessário realizar upgrades para manter a eficiência e a rentabilidade das unidades.
“Diante da oportunidade, estamos direcionando nossos esforços para uma nova abordagem. Criamos uma linha de produção específica para fabricar peças de retrofit, ou seja, componentes que podem ser instalados em estruturas existentes. Assim, é possível melhorar ou adaptar os sistemas e, com isso, aumentamos nosso retorno financeiro, devido às peças serem feitas sob medida na fábrica.”
Rios destaca ainda que o retrofit é uma grande oportunidade para prolongar a vida útil de usinas existentes, melhorar a eficiência e reduzir custos de operação. Além disso, é um mercado promissor para a fabricante.
“Nosso investimento em tecnologia e produção própria permite oferecer componentes compatíveis e de alta qualidade, facilitando a substituição de peças e a modernização de instalações antigas. Nos primeiros seis meses de 2025, foram retrofitados cerca de 50 megawatts (MW) de usinas. Vemos uma demanda crescente que deve se intensificar nos próximos anos, impulsionada pelo envelhecimento de instalações e pela busca por maior eficiência energética.”
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