Mulheres representam 35,4% do mercado de capitais, aponta pesquisa da Anbima

As mulheres correspondem a 35,4% da força de trabalho no mercado de capitais. As informações são da pesquisa “Diversidade e Inclusão no Mercado de Capitais”, feita pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar do número demonstrar a desigualdade no setor, foi constatado que os cargos de gerência estão mais próximos do equilíbrio de gênero com 42,9% de mulheres e 55,5% de homens.
Segundo o superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Anbima, Marcelo Billi, a transparência nos números é essencial para consolidar a agenda de diversidade. “São informações inéditas e necessárias para o avanço da agenda de diversidade e inclusão. Os dados são a base para construir iniciativas concretas”, afirma.
O levantamento ouviu 154 instituições associadas, reguladas pela autorregulação da Anbima ou integrantes da Rede Anbima de Diversidade e Inclusão. Além disso, o estudo mapeou o perfil de gênero, raça, deficiência, além de práticas de contratação e engajamento no setor.
- Leia também: Mercado de ações em compasso de espera: veja os desafios e vantagens das empresas na Bolsa
Presença feminina nos segmentos
Entre os segmentos, as gestoras, também conhecidas como assets, concentram 31,9% de mulheres, enquanto bancos têm 43,4% e corretoras e distribuidoras, 40,9% de representação feminina. Já em “outros serviços financeiros”, as mulheres são maioria com 52,6%.
O estudo mostra ainda que 59% das instituições adotam contratações voltadas para grupos minorizados. As mulheres são o público mais priorizado (45%), seguidas por pessoas pretas (31%) e pessoas com deficiência (28%).
Raça e deficiência
No recorte racial, 80,9% do setor é formado por pessoas brancas, 15,5% por pretas e pardas, 3,5% por amarelas e 0,1% por indígenas. Entre gerentes, a proporção de pretos e pardos sobe para 23,5%.
Ações voltadas para diversidade
A pesquisa aponta maior envolvimento do setor com a pauta: 92% das instituições consideram que a agenda de diversidade evoluiu desde 2022, e nenhuma relatou retrocesso. Entre as participantes da Rede Anbima de Diversidade e Inclusão, 93% afirmam perceber avanços.
Apesar disso, o principal desafio identificado é ampliar o engajamento das lideranças, apontado por 42% das instituições. A adesão dos colaboradores é vista como obstáculo em apenas 9% dos casos.
Ouça a rádio de Minas