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Museu Casa Kubitschek celebra acervo botânico

Museu Casa Kubitschek celebra acervo botânico
Ana Karina Bernarde/Divulgação

Uma das obras-primas do Conjunto Moderno da Pampulha, o Museu Casa Kubitschek (MCK – Avenida Otacílio Negrão de Lima, 4.188, Bandeirantes, Pampulha), em Belo Horizonte, tem seu quinto aniversário celebrado neste mês pela Fundação Municipal de Cultura. Foi preparada uma programação especial, que terá os jardins de Burle Marx como protagonistas, com atividades voltadas para a valorização do acervo botânico do museu.

Entre os destaques estão o lançamento da publicação “Conhecer e Reconhecer: Patrimônio Cultural”, que tem como tema os jardins do MCK e será distribuída gratuitamente no sábado (22), às 10h. No mesmo dia e horário será aberta a exposição “O Jardim e o Museu”, composta pelas 83 aquarelas que ilustram a publicação, assinadas pela artista e bióloga Mariana Soares. A entrada é gratuita.

A série “Conhecer e Reconhecer: Patrimônio Cultural” é uma linha editorial com temáticas que contribuem para o conhecimento, disseminação e reflexão sobre a diversidade cultural e identitária de Belo Horizonte. Nesta quinta edição, pretende-se dar visibilidade aos jardins do MCK com um inventário ilustrado de suas espécies; textos sobre patrimônio paisagístico; a biografia de Roberto Burle Marx; a trajetória profissional de Henrique Lahmeyer de Mello Barreto; a história dos jardins e as ações educativas pensadas para sua apropriação.

Mariana Soares, que assina as ilustrações da publicação e da exposição, dedicou-se a estudar os jardins do MCK durante os anos de 2016 e 2017. Em seu trabalho, apresenta a diversidade botânica – cores, texturas e formatos – por uma perspectiva artística, ao mesmo tempo em que contribui para a valorização dos jardins como patrimônio. Para além da edificação e acervo mobiliário do museu, os jardins de Burle Marx também têm importância histórica que constitui a paisagem cultural da Pampulha.

Segundo a coordenadora do MCK, Vanessa Araújo, “os jardins compõem o espaço da cidade e são elementos fortes para a sua identidade”. Nesse sentido, conhecê-los e contemplar sua beleza é também saber mais da história de Belo Horizonte. “Os jardins, como testemunho de uma época, revelam aspectos do pensamento e da sensibilidade de seu artista criador e da sociedade”, Vanessa completa. Além do lançamento do livro e abertura da exposição, a programação comemorativa dos cinco anos do MCK inclui distribuição de mudas e sementes, oficinas, exposição e visita noturna guiada.

Niemeyer – O imóvel onde hoje é a sede do MCK foi construído em 1943 com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer para servir como casa de fim de semana ao então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. O espaço foi aberto ao público em 10 de setembro de 2013 e integra o Conjunto Moderno da Pampulha, sendo tombado pelas instâncias do patrimônio municipal, estadual e federal. Marco da arquitetura moderna dos anos 1940, constitui-se como lugar para se pensar o modernismo, modos de morar, arte integrada e paisagismo, além de fazer parte da história da Pampulha, destacando-a como território da multiplicidade, marcado pelo encontro entre a tradição e a modernidade.

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