San Diego Hotéis lança primeira unidade fora de Minas

Fundada em Belo Horizonte em 1998, a rede San Diego Hotéis chega aos 25 anos com atuação em seis cidades mineiras: Governador Valadares (Vale do Rio Doce), Ipatinga (Vale do Aço), Teófilo Otoni (Vale do Mucuri), São Gotardo (Alto Paranaíba) e Sete Lagoas (região Central), além de três empreendimentos em Belo Horizonte
Nos oito hotéis atualmente em operação, dos segmentos econômico, midscale e luxo, a rede soma 968 apartamentos, empregando aproximadamente 700 pessoas. A San Diego aposta no binômio inovação e atualização para continuar crescendo. Em todos os hotéis da rede as renovações e retrofits em apartamentos e áreas comuns seguem em andamento, novas ferramentas e tecnologias são abarcadas em ritmo acelerado apostando constantemente no que há de mais moderno em digitalização de processos e modelos de gestão.
No leque de serviços ofertados pela rede hoteleira está não somente a opção por contratos de administração, mas também os de cessão de uso de marca, assessoria comercial, consultoria, estudos de viabilidade e implantação hoteleira.

Para contar um pouco da história da rede San Diego e projetar os próximos 25 anos, o Diário do Comércio ouviu, com exclusividade, o diretor da San Diego Hotéis, Ruy Araújo.
Com 25 anos, a rede San Diego está em plena expansão. Além das duas aberturas já anunciadas, previstas para os próximos meses, nas cidades de Manhuaçu, na Zona da Mata mineira, e em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, existe uma unidade sendo construída em Extrema, no Sul de Minas. Quais outros planos podemos antecipar?
Além desses três hotéis, até o meio do próximo ano estamos desenvolvendo uma filial em Santa Catarina, com um contrato assinado para um hotel na cidade de Penha, no litoral, perto do Beto Carrero e a cinco minutos da praia. Santa Catarina é o estado mais promissor do País, com bom nível de desenvolvimento social, um parque industrial muito importante e o maior porto do Sul do Brasil.
Sempre mantemos o nosso radar voltado para Minas. Juiz de Fora (Zona da Mata), Montes Claros (Norte de Minas), Uberlândia (Triângulo Mineiro) e Araxá (Alto Paranaíba) são algumas delas. Percebemos um potencial muito grande no Sul do Estado. Recentemente, visitamos Santa Rita do Sapucaí – uma cidade com um grande parque de empresas de tecnologia – e temos interesse, também, em Jacutinga, onde várias vinícolas estão se estabelecendo. Além delas, fazem parte de uma lista futura outras cidades do Sul de Minas como: Passos, Poços de Caldas, Andradas, Varginha e Lavras.
A hotelaria é um setor que costuma gerar muitos postos de trabalho, inclusive o chamado “primeiro emprego”. Qual a média de empregos gerados por esses investimentos?
Em Manhuaçu investimos R$ 25 milhões e serão gerados 30 empregos diretos. Em Extrema, R$ 30 milhões e 50 empregos diretos. Em Governador Valadares é um retrofit para ser entregue em 2025 e devemos investir entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões.
Vocês gostam de dizer que tem o “DNA da hospitalidade mineira”. Como isso se traduz no dia a dia das operações?
A hospitalidade mineira é reconhecida por todo o Brasil e sei que vamos conseguir levar essa marca para Santa Catarina levando pessoas daqui para dar treinamento. Mas o que explica a gente conseguir manter o padrão de atendimento nas diferentes unidades é o esforço para manter o entrosamento. Faço questão de manter o meu contato com os funcionários, participar do dia a dia das operações e isso ajuda a criar um sentimento de pertencimento.
A pandemia atingiu o turismo no mundo todo e tornou tudo mais caro. Quais os aprendizados desse tempo e já foi possível retornar aos patamares de 2019?
Em Belo Horizonte, depois da pandemia, no segundo semestre de 2022, começamos a ver um crescimento muito grande na ocupação dos fins de semana. Havia uma demanda represada, um desejo de voltar a se reunir, de viajar em família e entre amigos. Hoje os shows estão lotados, o pessoal do interior tem vindo para a Capital. O futebol também atrai muita gente para a cidade. Houve uma modificação no perfil de visitante de Belo Horizonte e os fins de semana já ficam mais cheios que os dias úteis. 2023 foi um ano excepcional e este ano caminha no mesmo sentido. Em julho batemos o recorde de faturamento no hotel do Barro Preto, e o de Lourdes registrou o melhor julho da história. Com relação a 2022, houve um crescimento de 39% em Lourdes e 38% no Barro Preto.
A pandemia trouxe muitos aprendizados. Muito se falava que o corporativo não iria voltar e, com isso, muitos hotéis fecharam. Quem pôde esperar, a partir do segundo semestre de 2022 voltou. Aprendemos a fazer mais com menos usando ferramentas digitais: chek-in, gerenciamento de tarifas, uso da inteligência artificial em diferentes atividades. Essa evolução aconteceu de forma concentrada e repentina na pandemia. Os funcionários estão mais ágeis e eficientes.
São 26 anos da empresa e 25 anos de San Diego Lourdes. Qual a importância desse hotel e ele agora está passando por uma grande reformulação, certo?
O San Diego Lourdes foi um marco para a cidade, com novos padrões construtivos e projeto de Gustavo Penna. O Restaurante Sartori, um dos primeiros a receber o público externo, também marcou época. Sempre mantivemos o hotel atualizado e, agora, para comemorar essa marca, ele está passando por um momento especial. A parte comum foi toda modernizada e estamos remodelando todos os apartamentos. São 115 apartamentos e 25 residentes atualmente. Também abrimos uma pâtisserie no lobby e reformamos a área de lazer.
A pandemia, as novas tecnologias, os influenciadores, entre outros aspectos, mudaram o turismo e a hotelaria no mundo. Como o senhor enxerga a hotelaria no futuro?
É impressionante como a tecnologia chega rápido. Temos que estar atentos para não perder o bonde. Convenções como a que realizamos em agosto nos oferecem a troca da experiência e fortalecem o vínculo entre a empresa e seus colaboradores. Esses eventos tornam os colaboradores mais fiéis às suas atividades. Isso é essencial porque são eles que lidam diretamente com o cliente. O que faz diferença, mesmo, são as pessoas. E temos conseguido motivar e manter as pessoas. E é isso que vai nos levar ao futuro.
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