Negócios

“Net Zero” exige planejamento e acompanhamento das empresas

WayCarbon lança ferramenta capaz de integrar e acompanhar políticas para projetos de carbono zero nas cadeias produtivas
“Net Zero” exige planejamento e acompanhamento das empresas
Carla Leal: empresas sentem dificuldade para traduzir as metas definidas pelas matrizes | Crédito: Mariana Pekin

Realizar uma transição justa e resiliente rumo a uma economia net zero é uma tarefa longa e complexa para a maioria das empresas. Escolher as melhores tecnologias e acompanhar os avanços tecnológicos, prever os custos envolvidos, planejar o cronograma de implantação e, principalmente, mensurar os resultados fazem parte da longa lista de dificuldades enfrentadas pelas empresas.

Para atender as empresas fustigadas pela pressão cada vez maior do mercado – dos investidores aos consumidores – a WayCarbon lançou a Net Zero, solução integrada de software e serviços que visa apoiar as empresas na criação, implementação e acompanhamento de suas jornadas de descarbonização. 

A instituição global The Net Zero Asset Managers Initiative conta atualmente com mais de 315 signatários e US$ 59 trilhões em ativos comprometidos com a meta Net Zero até 2050. Quatro das cinco maiores gestoras de ativos do mundo (BlackRock, UBS, Fidelity e State Street) fazem parte dessa iniciativa, indicando que o mercado de capitais global está definitivamente mobilizado para impulsionar a agenda Net Zero. 

A promessa da WayCarbon é que as empresas terão maior facilidade para simular diferentes alternativas para o estabelecimento de seus compromissos climáticos. A proposta é analisar a projeção de cenários futuros de crescimento dos negócios e apontar as melhores decisões de investimento para a concretização da jornada de descarbonização.

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De acordo com a diretora de Digital da WayCarbon, Carla Leal, muitas empresas sentem dificuldade para traduzir as metas definidas pelas matrizes globais para as unidades locais e traçar planejamentos assertivos a partir dessas metas.

“Ajudamos as empresas a entenderem o seu próprio papel. A nossa ferramenta ajuda a entender a trajetória futura de emissões, onde ela deveria estar em termos de redução de emissões, calcula esse gap e ajuda a olhar se os projetos serão suficientes e qual o custo dessa implementação. Ela permite fazer esse acompanhamento ao longo do tempo, observando as variações que podem ser decorrentes do próprio negócio, do cenário macroeconômico, das mudanças climáticas, podem ser inseridas e readequadas”, explica Carla Leal.

Estudo da Kearney com as 38 maiores empresas do País – “Mercado Brasileiro: uma jornada rumo ao net-zero” – aponta que o principal fator motivador que leva as empresas a descarbonizar suas operações é a facilidade de receber aporte de investimentos. Quase todas as empresas consideradas avançadas em net zero pela Kearney tiveram acesso a algum tipo de investimento ou financiamento “verde”.

Para ser considerada Net Zero, em termos de emissões em toda a sua cadeia de valor, uma organização precisa não apenas zerar as emissões diretas de seu negócio, mas também atuar sobre as emissões indiretas relativas aos seus fornecedores, o que torna o objetivo de ser Net Zero ainda mais complexo e desafiador.

“Em geral, a gente faz um programa liderado por uma empresa maior junto à sua cadeia de fornecimento, justamente para não demandar um objetivo não compatível com uma empresa pequena. Analisamos todas as emissões da cadeia de suprimento, para ver aqueles que têm as maiores emissões. Isso traz mais eficiência econômica para o mercado, tornando o projeto mais justo e educativo”, pontua a diretora da WayCarbon.

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