Netimóveis atua com 180 empresas associadas

A Netimóveis é uma rede de imobiliárias com cerca de 180 empresas associadas e anunciantes no País e uma unidade de operação internacional em Portugal. Fundada em 1995 em Belo Horizonte, a rede mantém um dos maiores portais imobiliários do Brasil, com aproximadamente 100 mil imóveis qualificados, disponíveis para compra e aluguel nos quatro cantos do País. Investimentos em tecnologia e inovação marcaram não apenas o pioneirismo da empresa em estratégias digitais, como garantem a escalada e a replicação do modelo de negócio.
Em diversos setores, com diferentes atuações, sejam eles pequenos, médios ou grandes, muitas empresas acabam por se destacar pela essência, que, com o passar do tempo, pode vir a se transformar em excelência. Por isso, Minas Gerais, celeiro de importantes, inovadores e inusitados negócios, se destaca nacional ou internacionalmente.
Minas exporta mais do que minérios ou cafés. Minas exporta mineiridades. E a Netimóveis é uma dessas empresas que inspiram o empreendedorismo e carregam consigo o nome do Estado, do País e mundo afora. Por isso, é tema da reportagem desta semana do Mineiridade. Série do DIÁRIO DO COMÉRCIO, que conta histórias e apresenta negócios originalmente mineiros que, além de terem dado certo, geram emprego, renda e movimentam a economia do Estado.
O projeto já nasceu com o objetivo de conectar imobiliárias, formatadas em rede, como conta um dos fundadores e presidente da Netimóveis Brasil, Ariano Cavalcanti de Paula. Ele recorda que isso foi em 1992, antes mesmo do advento da internet no País. Mas foi em 1995 que conseguiram, de fato, colocar a ideia em prática, a partir da regulamentação do ambiente virtual.
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“A ideia era publicar as ofertas de todas as imobiliárias com fotos. E, assim, nos tornamos o primeiro portal imobiliário do Brasil. Era uma proposta bastante inovadora e disruptiva, pois levava concorrentes a compartilharem seus estoques para ganhar mercado. A repercussão foi muito grande e logo despertou também o interesse de empresas fora de Minas Gerais”, lembra.
Foi então que a rede fez sua primeira operação fora do Estado, em Vitória, no Espírito Santo, entre o fim da década de 1990 e o início dos anos 2000. E hoje a Netimóveis já atua em 9 estados mais o Distrito Federal. Ao todo, são 33 cidades no País, 11 apenas em Minas Gerais.
Imóveis comercializados por meio de novas tecnologias
Assim, a rede que começou com o objetivo de compartilhamento de dados acabou se tornando uma empresa de tecnologia. Isso porque o ganho de escala também gerou demanda por inovação e fazia mais sentido fazer isso conjuntamente, por uma questão de alcance e custo. Conforme Cavalcanti de Paula, essa diferenciação tecnológica impulsionou ainda mais os negócios. “As empresas entravam e tinham percepção que vendiam e alugavam mais, o que se tornou um diferencial competitivo e tangível importante. Tanto que estão juntas até hoje”, ressalta.
Já a expansão internacional veio em 2018, por meio de Portugal. A expectativa é que a consolidação no mercado europeu abra caminho para a Netimóveis atrair outras empresas e fortalecer sua iniciativa no âmbito internacional. “A economia colaborativa ou de rede organizacional – que é a figuração que a gente assume – se torna cada vez mais tendência para todos os segmentos em todas as partes do mundo”, diz o empresário.
Desempenho dos negócios
Os números da Netimóveis são a prova de que o modelo de negócio é sucesso. Hoje, a rede opera com carteira de imóveis para comercialização que representa um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 54 bilhões. Para locação, a empresa oferece imóveis com potencial de receita de R$ 62 milhões mensais. Uma média de 300 mil usuários visitam o site da rede mensalmente.
Para se ter uma ideia, no agregado do primeiro semestre de 2022 a empresa totalizou R$ 1,2 bilhão em vendas, com 2.343 imóveis negociados. A carteira de aluguel também foi expressiva, com R$ 12,4 milhões de receita e 7.450 locações efetuadas de janeiro a junho. Em números agregados, a Netimóveis administra um ativo total de R$ 35 bilhões.
Mas no comparativo com o ano anterior, o presidente da Netimóveis admite que o ritmo está menor. Conforme ele, tem havido redução tanto em geração de leads ou de busca nos portais quanto em negócios. Ele cita os números do Instituto Data Secovi, da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) como referência: cerca de 40% menos que em 2021.
“Está sendo um ano mais difícil que o anterior. O que se justifica por estarmos vindo de uma fase muito virtuosa, sem contar que passamos por um ano com acelerada elevação da Selic e ambiente muito tumultuado pela eleição e pós-eleição, além da Copa do Mundo”, explica.
Já para 2023 as expectativas ainda são incertas. “O governo eleito ainda não sinalizou para onde vai. Não conhecemos o plano, porque o mesmo não foi colocado nem debatido durante a campanha e agora está ainda mais indefinido, porque não sabemos nem qual equipe conduzirá. O que temos muito claro é que o Brasil reúne hoje condições muito virtuosas para crescer vigorosamente, mas isso vai requerer da sabedoria do governante”, conclui.
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