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Nimbi lança marketplace para mercado B2B

Ferramenta permite que empresas obtenham catálogo diversificado
Nimbi lança marketplace para mercado B2B
Marcus Raphael: ideia é dar autonomia para a ponta, que passa a participar do processo e não só executar | Crédito: Divulgação

Surgidos nos Estados Unidos na década de 1990, os marketplaces alcançaram o máximo da popularidade ao longo da pandemia e, hoje, poucas marcas são capazes de menosprezar a sua utilidade e importância dentro do esforço de venda. A digitalização da economia e das relações pessoais e comerciais vividas intensamente nos últimos dois anos e meio leva agora os marketplaces a desbravar mais uma fronteira: o comércio entre empresas, conhecido como B2B.

Em seu prospecto de IPO, a Infracommerce detalhou uma análise sobre a penetração das compras on-line no Brasil. De acordo com o documento, o volume transacionado no mercado B2B do País é de R$ 2,4 trilhões; desse total, cerca de 1% das transações B2B ocorre via e-commerce, e, portanto, estima-se que o mercado de B2B on-line no Brasil corresponde a R$ 24 bilhões.

Comparando o Brasil com as principais economias do mundo é possível perceber o grande espaço de crescimento ainda existente para esse canal de vendas entre empresas. A presença on-line no B2B é de 14% nos Estados Unidos e 31% no Japão.

De acordo com o gerente de Marketplace da Nimbi, Marcus Raphael, um marketplace pode gerar valor de três maneiras: pela descoberta, pela confiança e pela conveniência. Primeiro porque eles ajudam os usuários a identificar o fornecedor certo; depois, porque lhes garantem que o fornecedor é legítimo. Por fim, removem possíveis atritos ao se conectarem diretamente com um dos vendedores. Para ter sucesso, um marketplace deve cumprir pelo menos uma dessas três funções. A Nimbi é uma empresa especializada em soluções de tecnologia que lançou, em 2019, o Nimbi Private, marketplace privado de compras.

“O Brasil tem um cenário único pelo seu tamanho, a complexidade logística e uma dificuldade adicional no modelo tributário. Como vim do mundo de compras, já senti muito essa dor de como comprar bem e ter realmente transparência no que estou pagando. Daí veio a ideia do marketplace – que não se limita ao B2B, mas é feito para o público corporativo. São empresas que não podem simplesmente colocar o cartão de crédito em uma plataforma. As regras de compliance são rígidas”, explica Marcus Raphael.

A ferramenta Nimbi Private permite que as empresas obtenham um catálogo com produtos de diversas categorias, já negociados pela Nimbi, e de uso gratuito. Materiais de escritório, insumos de copa & cozinha, materiais impressos e limpeza, MRO e EPIs são algumas das categorias já negociadas e que entregam mais de 300 mil itens para os clientes. Além disso, a ferramenta permite gerar diversos pedidos de uma única vez e tem a experiência de compra de plataformas B2C.

“Atuamos nas compras de materiais de baixo valor. As empresas têm processos para outros tipos de produto. A proposta é dar opções, o preço fica competitivo e a partir daí o gestor toma a decisão, desafogando a área de compras. Dar autonomia para a ponta, que passa a participar do processo e não só executar. Além disso, fazemos uma curadoria dos fornecedores, ajudando no compliance. Esse ponto de homologação de fornecedores vem ganhando importância há muito tempo. Primeiro pela crise de confiança e agora porque nos preocupamos com outros fatores como cadeia de produção”, completa o gerente de Marketplace da Nimbi.

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