Número de franquias em Belo Horizonte cresceu 30,9%

Dados do ranking das 30 Maiores Cidades em crescimento de número de unidades de franquias entre o primeiro semestre de 2021 e o deste ano, divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), revelam que a expansão das franquias em número de unidades avança para fora do eixo Rio-São Paulo.

Belo Horizonte aparece em terceiro lugar na lista e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, em 23º. O rol é liderado, pela primeira vez, por Manaus, capital do Amazonas, com expansão 35,1% maior no período, saltando de 1.206 para 1.629 operações.

Cidade muito ligada ao turismo, Manaus vivenciou esse período de forte recuperação do segmento de Hotelaria e Turismo – que está entre os que mais cresceram nos dois últimos semestres -, o que refletiu na expansão das franquias localmente. Em segundo lugar aparece Cuiabá, capital de Mato Grosso, com variação positiva de 31,7% – de 840 para 1.106 unidades.

De acordo com o presidente da ABF, André Friedheim, a explicação para o crescimento de Belo Horizonte, com 30,9% – de 3.435 para 4.497 operações -, pode estar ligado tanto à maior demanda por turismo quanto pelas commodities. Já Uberlândia cresceu 17,5%, saltando de 942 para 1.107 unidades.

“Em uma primeira avaliação, entendemos que muitas redes aproveitaram este momento de retomada para alavancar seus planos de expansão em Minas Gerais, começando pela Capital. A semelhança de outras praças, maior disponibilidade de pontos comerciais e a retomada das atividades presenciais tende a gerar oportunidades em vários momentos da jornada diária do consumidor. Esperamos que, à medida que este movimento ganhe corpo, esse maior apetite chegue também às grandes e médias cidades do interior”, explica Friedheim.

Dessas 30 cidades listadas, 12 não são capitais. Houve um crescimento maior de operações de franquias nas cidades do interior ou naquelas que não são capitais. Enquanto a variação do número de unidades entre esses 12 municípios ficou em 21,1%, entre as 18 capitais listadas esse índice foi de 17,6%.

“O bom desempenho de cidades com fortes mercados turísticos, de fato, não era algo esperado, mas é coerente com os dados que vínhamos apurando em nossas pesquisas. Chamou também a nossa atenção o crescimento de cidades no interior de São Paulo e no Centro-Oeste, o que atribuímos à força do agronegócio que fortaleceu polos de negócios e de consumo em diferentes partes do País. Como a análise se dá entre as maiores cidades, não esperamos uma mudança radical nos próximos levantamentos, mas sim capturar outros movimentos. No entanto, a questão do crescimento fora do eixo RJ-SP e para o interior do País devem se manter”, pontua.

Resultados nacionais

De acordo com as pesquisas da ABF, o franchising brasileiro registrou um crescimento de 12,9% em sua receita no primeiro semestre de 2022 comparado a igual período do ano passado. Nesse intervalo, o faturamento saltou de R$ 81,021 bilhões para R$ 91,432 bilhões. Já em relação aos primeiros seis meses de 2020, o crescimento foi ainda maior, de 17%. Desse mesmo período (marcado pelo início da pandemia) ao primeiro semestre de 2022, os dados da ABF mostram uma alta de 32% no faturamento, e na comparação com os meses de janeiro a junho de 2019, de 8,1%.

Quanto à geração de empregos diretos, o setor de franquias registrou uma alta acima da média nacional, de 12,5%, entre o primeiro semestre de 2021 e os mesmos meses de 2022, aumentando de 1,2 milhão para 1,4 milhão o número de pessoas diretamente empregadas.

O estudo apontou, ainda, que os segmentos que mais cresceram no período analisado foram Saúde, Beleza e Bem-Estar (16,9%); Alimentação Foodservice (16,0%); Hotelaria e Turismo (15,9%); Moda (14,7%), e Casa e Construção (13,2%).

“O setor de franquias no Brasil tem demonstrado sua força, sua capacidade de reagir e superar os grandes desafios que foram colocados pela Covid-19, e os números reforçam que o franchising está mantendo sua trajetória de crescimento e está preparado para crescer ainda mais em um cenário de melhora do ambiente econômico do País”, completa o presidente da ABF.