Nutrire amplia vendas externas

Há 19 anos dedicada à alimentação de cães e gatos, a Nutrire, fundada em 2001, na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, e com planta em Poços de Caldas, no Sul de Minas, desde 2013, abre mais quatro mercados internacionais: Haiti, Omã, Líbia e El Salvador.

Eles se somam a mais de 30 países nos quais a empresa já está presente através de exportação direta e equipe própria.

Os novos mercados fazem parte de uma estratégia de longo prazo que prevê a presença em pelo menos 50 países até 2025. De acordo com a gerente de importação e exportação da Nutrire, Giane Danielli, essa meta pode ser antecipada, já que Honduras, Nicarágua e Costa Rica já estão em negociação e devem fazer parte da lista de compradores da empresa ainda neste ano, projetando a marca de 40 nações até o fim de 2020.

O foco principal de abertura de novos mercados atualmente são os países da América Central. O principal mercado internacional é a Colômbia, com 40% das vendas para o exterior.

Os novos mercados não devem impor ampliação ou modificações nas linhas de produção no curto prazo.

“Sempre tivemos foco na exportação e há sete anos criamos um departamento exclusivamente direcionado para essa prospecção ativa de mercados estrangeiros. Em 2012, já exportávamos para sete países da América do Sul. A partir desse departamento ajustamos nossas estratégias, passamos a frequentar várias feiras internacionais e já alcançamos todos os continentes. Tudo isso está contemplado em planejamentos de longo e médio prazos e estamos prontos para suportar o aumento de demanda que acontece gradativamente”, explica Giane Danielli.

Dessa forma, a unidade de Poços de Caldas, hoje com 88 colaboradores – 33,2% do total -, ganha força na estratégia da Nutrire. A fábrica mineira, além de responsável pela produção dos produtos da categoria high premium, tem um papel determinante na estratégia de abastecimento da região Sudeste. A

localização geográfica no Sul de Minas permite um acesso mais rápido e barato aos principais mercados dentro do Brasil. Além disso, facilita o acesso aos portos da região, especialmente o de Santos (SP), que deve aumentar a sua participação nas exportações da Nutrire, hoje concentrada nos portos do sul do País.

“A unidade de Minas Gerais é estratégica para os nossos planos de ampliação de mercado dentro e fora do Brasil e a sua importância vem crescendo continuamente. Devido aos altos custos logísticos no Brasil era importante termos uma fábrica nessa região para atender à demanda do Sudeste e do próprio Estado, que é um mercado ainda em abertura”, pontua a gerente de importação e exportação da Nutrire.

A entrada em países de culturas tão distintas tem feito com que a empresa acelere os processos de inovação desenvolvidos por equipe própria e em parceria com diferentes universidades e outros parceiros estratégicos.

A chegada a países da África e do Oriente Médio fez com que os estudos e investimentos na produção de alimentos para gatos crescessem, já que esse é o animal de estimação mais querido nessas regiões, diferentemente do que acontece no Brasil.

Atender aos requisitos exigidos pelos órgãos reguladores de cada um desses países também fez com que a empresa desenvolvesse novas capacidades.

“No Egito, por exemplo, cerca de 80% das nossas vendas são de comida para gato nas suas diferentes categorias. Isso nos trouxe um grande desenvolvimento e diferenciais para atender um nicho que cresce muito no Brasil. O pet food brasileiro é muito benquisto no exterior. Além de sermos o segundo mercado em consumo mundial, temos um conceito altíssimo de qualidade de matérias-primas. Conseguimos isso trabalhando agrupados com algumas associações e por meio de acordos bilaterais. São produtos de alto valor agregado que trazem inovação e divisas para o Brasil”, completa a executiva.