Com aportes de R$ 30 milhões, frigorífico O Cortês inicia operações de abate
O frigorífico O Cortês, com sede em Raul Soares, na Zona da Mata de Minas Gerais, iniciou suas operações de abate em 27 de outubro e se prepara para a inauguração oficial, que acontecerá até dezembro. Com aportes de R$ 30 milhões, a unidade marca a entrada de um novo player no mercado de carnes suínas, com uma proposta diferenciada, pela qual a empresa busca se destacar pela excelência do produto, pela sustentabilidade e por uma experiência gastronômica única para o consumidor.
Os primeiros cortes devem chegar ao mercado ainda em dezembro, aproveitando as festas de fim de ano, quando o consumo de carne suína é impulsionado. A princípio, serão 36 produtos, mas, já no início de 2026, a marca disponibilizará ao mercado mais 44 itens, totalizando 80 produtos.
As expectativas são positivas e a projeção é alcançar R$ 70 milhões de faturamento no primeiro ano de operação e R$ 300 milhões já no segundo. Os valores serão impulsionados pelo aumento da produção e pela introdução de produtos de maior valor agregado no mix.
Conforme o sócio-fundador do O Cortês, Rodrigo Torres, os abates de suínos foram iniciados em 27 de outubro, e a indústria passará, nas próximas semanas, pelos processos de ajustes naturais da operação, com as diversas etapas entrando em funcionamento. O Cortês inicia a produção em um turno, com capacidade para abater e processar 90 suínos. A meta é, em seis meses, expandir a produção para mais um turno, dobrando o abate para 180 suínos por dia.

“O volume de suínos abatidos pode parecer pequeno frente a outros frigoríficos, mas nossos cortes chegarão ao mercado em porções de 250 gramas, individualizadas. Quando transformamos esse número de animais em porções, estamos falando de uma produção por turno acima de 26 mil porções.”
O diferencial do frigorífico será a produção de carne suína de excelência, feita de forma sustentável e rastreável. Os suínos que abastecerão o frigorífico são da raça Duroc, considerada o Angus da suinocultura devido à maciez e à qualidade da carne.
Além da produção própria de suínos, o crescimento da industrialização ocorrerá também por meio de parcerias com outros produtores da raça Duroc, que possuam certificação de bem-estar animal. Haverá, ainda, terceirização da produção junto a frigoríficos parceiros.
“Desejamos fortemente expandir por meio de parcerias com outros produtores de suínos. Nossa ideia é transformar a produção da região, estimulando que os suinocultores que hoje produzem o suíno ‘comoditizado’ migrem para a produção sustentável e de maior valor agregado.” Os cortes serão comercializados em supermercados premium e casas de carnes de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. A ideia é expandir, de forma gradual, para outras localidades, como Brasília, Espírito Santo e Paraná, e depois para o restante do Brasil. Também há planos de exportar, principalmente, para a União Europeia e os Estados Unidos.
Cortes de excelência, sustentabilidade e bem-estar animal
A produção do O Cortês contará com nove linhas. Entre elas estão a sem tempero, a linha de temperados e a de defumados. “Na linha de defumados, o grande diferencial é que a defumação será natural, feita com lenha. A princípio, vamos iniciar com a lenha de macieira e depois expandir para a de laranjeira e goiabeira. Isso permitirá ao consumidor escolher o tipo de lenha para nuances de aroma e sabor”, explicou o sócio-fundador do O Cortês, Rodrigo Torres.
Além da alta qualidade dos produtos, outro diferencial do frigorífico O Cortês é o compromisso com a sustentabilidade e o bem-estar animal. A empresa está plantando 190 hectares de florestas – 130 de eucalipto e 60 de regeneração de floresta nativa – para sequestrar todo o carbono emitido desde a produção dos grãos até o transporte da carne, buscando um saldo de carbono positivo.
No que diz respeito ao bem-estar animal, a empresa implementou um sistema de música clássica para os suínos, sincronizando os batimentos por minuto das músicas com a frequência cardíaca dos animais para reduzir o estresse. Essa prática é aplicada em todas as fases da criação, desde a gestação até o abate, com playlists distintas para cada etapa da vida do animal. Toda a produção terá certificação de bem-estar animal.
A marca também se diferencia por oferecer uma experiência gastronômica ao consumidor. Dessa forma, as embalagens dos produtos terão um QR Code, por meio do qual será possível acessar informações sobre a linha de produtos, harmonizações com vinhos, acompanhamentos sugeridos e certificações. Haverá, ainda, playlists específicas para cada produto.
O CORTÊS EM NÚMEROS
Investimento: R$ 30 milhões
Local: Raul Soares (Zona da Mata mineira)
Início das operações: 27 de outubro
Inauguração oficial: prevista até dezembro
Capacidade inicial: 90 suínos por dia (um turno)
Capacidade projetada: 180 suínos por dia (dois turnos em seis meses)
Linhas de produtos: 9 (incluindo temperados e defumados)
Portfólio: 36 produtos no lançamento e 80 até o início de 2026
Faturamento projetado:
• R$ 70 milhões no 1º ano
• R$ 300 milhões no 2º ano
Raça dos suínos: Duroc (equivalente ao Angus da suinocultura)
Sustentabilidade:
• 190 hectares de florestas plantadas (130 de eucalipto e 60 de regeneração nativa)
• Saldo de carbono positivo
Bem-estar animal:
• Sistema de música clássica sincronizado aos batimentos cardíacos dos suínos
• Certificação de bem-estar em toda a produção
Diferenciais gastronômicos:
• Defumação natural com lenhas de macieira, laranjeira e goiabeira
• Embalagens com QR Code, harmonizações e playlists personalizadas
Mercados atendidos:
• Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo (fase inicial)
• Expansão prevista para Brasília, Espírito Santo, Paraná e exportação para EUA e União Europeia
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