Obras do Expo Lambari devem ser entregues em março

No Sul de Minas, em meio ao clima e às águas da Serra da Mantiqueira, Lambari, com pouco menos de 21 mil habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ganha o seu primeiro complexo de feiras e exposições.

O Expo Lambari, com 8 mil metros quadrados, deverá ter as obras da primeira fase concluídas em março e, já em abril, começa a sediar os primeiros eventos. O investimento foi de R$ 1,1 milhão e diz respeito ao asfaltamento da área e infraestrutura básica. As próximas etapas estão previstas para março de 2023 e março de 2024, somando um investimento total de R$ 3,5 milhões.

Três grandes eventos já estão programados para o primeiro semestre de 2022: Feira dos Fornecedores da Cadeia Produtiva do Café (Forcafé), de 26 a 28 de abril; II Feira para a Indústria de Lácteos (Forlac), de 3 a 5 de maio e Feira dos Fornecedores da Indústria de Água Mineral e Bebidas Não Alcoólicas (Forágua), nos dias 10 e 11 de maio; todas realizadas pela Proma Feiras, empresa especializada em feiras e eventos corporativos.

De acordo com o presidente da Proma Feiras, José Roberto Sevieri, Lambari é um destino de lazer e os eventos corporativos são uma boa opção para completar a ocupação dos hotéis nos períodos de baixa temporada e nos dias de semana. Havia, porém, o entrave da falta de um espaço capaz de receber grandes eventos.

“Lambari, além da indústria de águas subterrâneas, tem uma longa tradição na cadeia produtiva do leite, que começou com a fabricação de latões no início do século passado. Hoje, a cidade é um importante polo produtor de produtos em aço inox. Apesar disso, não havia na região uma feira dedicada a esses produtores. Em 2019, fizemos o primeiro evento. Esperávamos mil visitantes e recebemos mais de três mil sob uma tenda. Eles lotaram hotéis e restaurantes, inclusive, das cidades vizinhas. Agora com a construção do Expo Lambari teremos uma estrutura adequada e que deve contribuir muito com o turismo de negócios de toda a região”, avalia Sevieri.

A expectativa é de que sejam contratados cerca de 90 trabalhadores locais para a realização do evento, o dobro da primeira edição. Ainda pouco acostumada aos grandes eventos, a cidade não oferece boa parte dos serviços necessários para a execução de feiras e exposições de maior porte.

“Ainda não temos mão de obra especializada, como montadores, por exemplo, e é necessário trazer de fora, mas a intenção é que essa cadeia se desenvolva aqui. Os eventos corporativos e de negócios são um grande nicho para a cidade porque os turistas gastam mais do que os visitantes de lazer e fazem questão da nota fiscal, garantindo arrecadação para o município”, conclui o presidente da Proma Feiras.