Sustentabilidade

Estudo revela que ondas de calor podem afetar produtividade no trabalho

Estudo indica que setores que demandam maior esforço físico, como agricultura e construção serão os mais afetados
Estudo revela que ondas de calor podem afetar produtividade no trabalho
Crédito: Adobe Stock

As consequências das mudanças climáticas podem ir além dos danos físicos resultantes de ciclones, escassez de água e enchentes. Ondas de calor, cada vez mais frequentes, também irão impactar a produtividade de trabalho dos brasileiros, com perdas estimadas em 6%.

A análise faz parte do relatório “Latin America Shall We Dance?“, que apresenta um panorama dos riscos econômicos em países da América Latina. O estudo indica que setores que demandam maior esforço físico no trabalho, como agricultura e construção, serão os mais afetados pela redução da produtividade em decorrência das ondas de calor.

Ao analisar o contexto latinoamericano, a análise mostra que os maiores custos em 2050 serão de produtividade de cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), secas (cerca de 3%) e ondas de calor (cerca de 2%). Na comparação com o contexto global, Ásia e a África devem enfrentar mais do dobro das perdas econômicas derivadas das mudanças climáticas.

Segundo os autores do estudo, cada país necessita adotar estratégias locais para mitigar os riscos. “Isso envolve melhorar a resiliência da infraestrutura por meio do aprimoramento das defesas contra inundações e sistemas de gestão de água, construindo infraestrutura urbana resistente ao calor”, afirmam.

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Os autores do estudo ressaltam ainda a necessidade do desenvolvimento e aperfeiçoamento de práticas agrícolas sustentáveis, como a criação de safras resistentes à seca, a melhoria da eficiência da irrigação e a adoção de práticas de gestão de terras sustentáveis.

Copasa implementa medidas para mitigar impactos das ondas de calor

Após sucessivas análises sobre os impactos das ondas de calor em Minas Gerais, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) adotou um pacote de medidas de curto, médio e longo prazos para mitigar o desabastecimento de água em decorrência das consequências do clima.

Conforme publicado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, as altas temperaturas também levam às altas no consumo de água, o que fez com que o sistema da companhia, não se recuperasse de forma eficaz no ano passado, afetando o abastecimento em alguns bairros. 

A partir desse diagnóstico, medidas foram realizadas. São elas:

  • medidas de impacto operacional como manobras regionalizadas
  • utilização de fontes produtivas complementares
  • redimensionamento de bombas
  • reativação de poços, principalmente, do Vetor Norte, entre outras ações.

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