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Empresa mineira Orguel planeja crescer na casa dos 30%

Perspectiva para este ano é que o aumento permaneça no mesmo patamar dos anos anteriores
Empresa mineira Orguel planeja crescer na casa dos 30%
Orguel investiu em torno de R$ 10 milhões em P&D em dois anos foto | Divulgação / Orguel

No mercado há 60 anos, a Orguel, empresa mineira com atuação no segmento de soluções de engenharia para a construção civil, teve um crescimento médio superior a 30% nos últimos cinco anos. A perspectiva para 2024 é que esse aumento permaneça no mesmo patamar dos anos anteriores. Entre essas ações para manter este forte crescimento está a parceria com indústrias norte-americanas, europeias e asiáticas, para promover desenvolvimento de novas linhas de produtos e inovação.

O primeiro passo para consolidar essa estratégia foram os investimentos, nos últimos 2 anos, de cerca de R$ 10 milhões em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), além da intensificação de visitas a feiras, eventos e parques fabris no mundo todo. Alinhada com as novas tecnologias e tendências, a empresa ainda conta com uma área de inovação e projetos, que conta, atualmente, com 70 profissionais que buscam o desenvolvimento da empresa por meio da otimização de processos, aumento da produtividade e melhora da relação com clientes.

“Quando se fala em inovação, muitos pensam em produtos, mas a maioria das inovações está no campo dos processos. Nossos esforços são para buscar fazer melhor, mais rápido, com uso de novas tecnologias e de forma mais eficiente”, afirma o presidente da Orguel, Sérgio Guerra.

Exemplo da cooperação internacional é o desenvolvimento da plataforma suspensa QuickDeck, com a empresa norte-americana Safway. A tecnologia desse equipamento não tem concorrência no Brasil e a Orguel é a única a produzi-lo no País. Ele já foi empregado em grandes obras como a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, Terceira Ponte, Maracanã, diversas plataformas de petróleo offshore, Arena MRV, entre outros.

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Antes dele, o Mecanflex, andaime multidirecional que possibilita uma montagem mais rápida e otimização de mão de obra, foi desenvolvido da mesma forma, com sucesso, em parceria com uma empresa francesa, por meio de uma joint venture para transferência de tecnologia.
Atualmente, a Orguel está em negociações com uma empresa sueca para uma possível nova joint venture.

Fabricação própria é diferencial

Em 2024, a perspectiva para a construção civil é de um forte crescimento, indicando um mercado aquecido e com diversas oportunidades. No entanto, afirma o presidente da Orguel, Sérgio Guerra, o segmento ainda está muito aquém dos demais quando se trata de inovação, ciência e tecnologia.

Para ele, a análise das tendências mundiais que aponta para onde o setor está caminhando indica grandes oportunidades para as novas tecnologias de acesso.

Atenta a essas possibilidades, a empresa destaca a fabricação própria como um de seus grandes diferenciais nas parcerias internacionais. Prova disso é que ela está em conversas avançadas com empresas da Suécia e da Alemanha para novos projetos.

Guerra explica que ao estabelecer um acordo de transferência de tecnologias, geralmente incluem a fabricação de produtos com essas novas tecnologias no Brasil. Nos estudos de viabilidade de novos produtos incluem avaliação da legislação local e custo.

“Não adianta ofertar um produto que o mercado não aceita ou que a legislação não permite. Nossa estratégia é buscar novas tecnologias que resultem em processos mais rápidos, mais baratos e mais seguros. Quem tem que desenvolver o mercado brasileiro somos nós”, analisa.

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