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Ownergy Solar registra lucro recorde, com alta de 300%

Ownergy Solar registra lucro recorde, com alta de 300%
Já estamos prospectando clientes no agronegócio, adiantou Leandro Maia | Crédito: Osvaldo Castro

Minas Gerais, que já é destaque em energia solar fotovoltaica e lidera o ranking de geração distribuída, segundo a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), abriga importantes e promissoras empresas do setor. A Ownergy Solar, por exemplo, tem se consolidado como referência na área e está expandindo suas operações para além das fronteiras do Estado.

Com atuação em 20 unidades federativas e importantes contratos para desenvolvimento, implantação, operação e manutenção de sistemas junto aos setores público e privado, em 2020, a empresa desenvolveu 30 projetos simultâneos e apurou lucro recorde, com crescimento de 300% sobre 2019. Para 2021, a meta é dobrar o volume de negócios, focando principalmente em grandes usinas e fazendas solares.

As informações são do coordenador de projetos da Ownergy, Leandro Maia. Segundo ele, o expressivo desempenho é retrato da trajetória de ascensão da empresa, que saiu da garagem da casa de seu fundador para se tornar referência com um portfólio de quase 500 projetos.

A estimativa é de que a potência total instalada pela empresa desde o início das suas operações, há pouco mais de cinco anos, representa o cultivo de 13.600 árvores e diminuição de 3.400 toneladas de emissão de CO2 por ano.

“Apenas no ano passado executamos 36 projetos em universidades e institutos federais. Como já conseguimos alcançar grande parte desta área, voltaremos agora nossas atenções para o setor privado, principalmente no agronegócio e na indústria”, revelou.

Conforme Maia, a intenção é dividir a atuação da empresa igualmente entre os setores público e privado e chegar a 20 megawatts-pico (MWp) em contratos, dobrando também o volume de vendas do ano passado, atingindo a marca de R$ 80 milhões em faturamento.

“Já estamos prospectando clientes no agronegócio com foco milho e soja, principalmente, para fazermos operações junto a fundos de investimentos de forma que o agricultor só pague a usina nos períodos de safra. Isso vai viabilizar a instalação com baixo custo inicial para os clientes”, exemplificou.

Hoje, a Ownergy é a principal parceira da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) no desenvolvimento de projetos de eficiência energética no Estado, e já implantou sistemas em 125 escolas e 30 hospitais.

Cemig poderá transferir fatia em blocos de óleo e gás

São Paulo – A estatal mineira de energia Cemig teve aval do órgão antitruste Cade para transferir participações minoritárias em blocos de exploração de petróleo e gás à Codemig, também controlada pelo governo de Minas Gerais.

A operação foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), segundo publicação no Diário Oficial da União ontem, mas ainda está sujeita a análise também da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Pelo negócio, a Cemig transferirá à Codemig suas fatias de 24,5% em cinco consórcios de exploração de blocos de óleo e gás, sendo quatro na Bacia do São Francisco e um na Bacia do Recôncavo.

A Codemig, que já detinha 24,5% nos consórcios, passará então a ter 49%, de acordo com parecer do Cade.

“A operação é parte de uma estratégia de desinvestimento da Cemig, iniciada no ano de 2017, como forma de restabelecer seu equilíbrio financeiro. Já para a Codemig, representa uma oportunidade de negócio por meio de sua consolidação como principal cotista minoritário nos cinco consórcios”, apontou o órgão estatal.

A venda das fatias da Cemig para a Codemig foi fechada por meio de um processo licitatório, segundo informações das empresas ao Cade.

“O valor do lance vencedor foi de R$ 1 mil, cujo pagamento será em parcela única e em até 30 dias da homologação definitiva do licitante vencedor”, explicou o Cade no parecer sobre a operação.

Os blocos alvo do negócio encontram-se ainda em fase de prospecção e sem nenhuma perspectiva de produção, não havendo reservas provadas em qualquer um deles.

Assim, apontou o Cade, os ativos “não são capazes de produzir impactos imediatos no mercado brasileiro” de petróleo e a operação “não acarreta prejuízos ao ambiente concorrencial”. (Reuters)

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