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Mercado quer maior transparência sobre origem de produtos sem desmatamento

Mercado quer maior transparência sobre origem de produtos sem desmatamento
Crédito: Adrian Dennis/Pool via REUTERS

Bruxelas – Os países ricos não cumpriram uma promessa antiga de entregar US$ 100 bilhões para ajudar os países mais pobres a lidar com as mudanças climáticas, disse a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na sexta-feira (29).

Em 2009, os países desenvolvidos prometeram que até 2020 transfeririam US$ 100 bilhões por ano para Estados vulneráveis atingidos por impactos e desastres climáticos cada vez mais severos.

Mas eles forneceram US$ 83,3 bilhões em 2020 – ficando US$ 16,7 bilhões abaixo da meta, disse a OCDE.

O fracasso em atingir a meta não é surpresa. A OCDE usa dados da Organização das Nações Unidas (ONU) processados com um atraso de dois anos, e os países ricos já sinalizaram que a meta não seria atingida até 2023.

No entanto, é um revés para a COP27, cúpula climática anual das Nações Unidas em novembro, quando os países enfrentarão pressão para reduzir as emissões de CO2 mais rapidamente.

As finanças se tornaram um ponto sensível nessas negociações, e as economias em desenvolvimento dizem que não podem conter a poluição sem o apoio das nações ricas responsáveis pela maior parte das emissões de CO2 que aquecem o planeta.

“Honrar esse compromisso é fundamental para renovar a confiança”, disse Yamide Dagnet, diretora de Justiça Climática da Open Society Foundations, embora ela tenha dito que US$ 100 bilhões são uma pequena parte das necessidades reais dos Estados vulneráveis.

“Precisamos que os países desenvolvidos apresentem planos críveis para aumentar seu financiamento climático”, afirmou Dagnet.

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