Pampulha integra Coalizão para reduzir emissão de CO2

O Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, faz parte da Coalizão com associações e empresas de transportes do Brasil para reduzir emissões de CO2 do setor. O movimento, liderado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), pelo Grupo CCR e pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Insper, foi anunciado durante a quarta edição do evento “Brasil Rumo à COP30”.
Para viabilizar a iniciativa, CEBDS, Grupo CCR e Insper engajaram uma ampla rede de atores, incluindo empresas, associações setoriais e organizações da sociedade civil.A intenção é contribuir com o governo federal na definição das metas de descarbonização que serão estabelecidas no novo Plano Clima, a ser apresentado à sociedade em 2025 pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
“Como maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, o Grupo CCR está ciente de sua responsabilidade de liderar a agenda setorial de sustentabilidade. Adicionalmente, reconhecemos a importância da COP30, que será realizada em Belém do Pará no próximo ano, especialmente depois dos resultados da COP29. Por isso, em colaboração com o CEBDS, com as associações setoriais e outros operadores de relevo no cenário nacional, decidimos formar uma coalizão alargada para produzir uma recomendação que apoie o governo na proposta de redução de emissões do setor dos transportes nacional, com benefícios para toda a sociedade brasileira”, destaca o CEO do Grupo CCR que, em Minas Gerais, administra o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, Miguel Setas.
Para o coordenador do observatório, Sérgio Avelleda, construir as alternativas necessárias para a descarbonização do transporte é tarefa que somente pode ser cumprida com aliança e cooperação entre governos, empresas, terceiro setor e academia.
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Governança da Coalizão
A Coalizão de transportes é organizada em seis subsetores da cadeia de transportes nacional: infraestrutura e interseccionalidade, mobilidade urbana, transporte rodoviário, transporte ferroviário, transporte aéreo e segmento portuário e de cabotagem.
Cada subgrupo conta com a liderança de uma ou duas associações setoriais e a participação de outras entidades, organizações civis e empresas privadas. O MoveInfra e a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) lideram o subgrupo de infraestrutura e interseccionalidade. Já o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável e a ANPTrilhos coordenam o de mobilidade urbana.
A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) comanda o de transporte rodoviário. A ANTF lidera o grupo de transporte ferroviário. A ABR coordena o grupo de transporte aéreo. E as associações ABAC, ABANI, ABTP e ATP lideram o grupo de trabalho do segmento portuário. A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) integra o Conselho Consultivo da Coalizão.
Para garantir o alinhamento entre os stakeholders, a Coalizão possui um comitê executivo e um conselho consultivo, integrado pelas associações que lideram os subgrupos de trabalho. O objetivo deste modelo é garantir discussões inclusivas e abranger todos os segmentos da cadeia produtiva de transportes, viabilizando o engajamento das partes e o consenso entre as propostas.
Próximos passos
Uma vez estruturada, a Coalizão passa à fase de realização de workshops e reuniões técnicas para aprofundar as discussões e desenvolver as recomendações que contribuirão para o Plano Clima.
O documento final, resultante desses encontros, deve ser apresentado no primeiro trimestre do próximo ano. Nele, deverão constar desafios, dados e as propostas que possam contribuir para a descarbonização do setor de transportes.Ao mesmo tempo, a iniciativa se prepara para apresentar seus resultados na COP30, em Belém, em novembro de 2025, buscando colocar o Brasil na vanguarda das discussões globais sobre a descarbonização do setor de transportes.
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