Pandemia redefine estratégia da Log Nature

O amor e o entendimento sobre a importância de preservar e estudar a natureza fez com que as irmãs Juliana e Ana Paula Kleinsorge fundassem, em 2010, a Log Nature. O propósito é levar soluções e ferramentas de trabalho para o dia a dia dos profissionais atuantes na consultoria ambiental e pesquisa para a conservação do meio biótico.

De acordo com a sócia da Log Nature, Ana Paula Kleinsorge, de lá para cá, o que era uma “lojinha” de 20 metros quadrados se transformou em um e-commerce estruturado que atende todo o território nacional e começa a dar forma a uma indústria, instalada em Cláudio, na região Centro-Oeste do Estado.

“Somos uma turismóloga (eu) e uma bióloga. Começamos porque a Juliana (Kleinsorge) prestava consultoria em empresas espalhadas pelo Brasil e não encontrava esse tipo de material com facilidade aqui. Começamos com uma ‘portinha’, mas, logo, percebemos que as pessoas precisavam nos achar pela internet. Fizemos, então, um site que funcionava apenas como vitrine, em que elas podiam conhecer os produtos e solicitar um orçamento. Sentíamos que naquela fase precisávamos fortalecer o vínculo com os clientes. Lidamos com produtos de valor agregado mais alto e nosso intuito nunca foi só vender, mas prestar uma consultoria aos nossos clientes”, explica Ana Paula Kleinsorge.

Foi em 2018 que o site se transformou efetivamente em uma plataforma de e-commerce, após muitos pedidos dos consumidores. Para suprir as necessidades dos clientes, a dupla se empenha em garimpar fornecedores nacionais e estabelecer parcerias internacionais, algumas com as quais mantêm contratos de distribuição exclusiva no Brasil

Especializada na produção de equipamentos para contenção e manejo, a indústria, que iniciou as operações em março deste ano, ainda não alcançou a capacidade produtiva desejada em decorrência da crise econômica desencadeada pela pandemia.

Redefinição – “É claro que a pandemia nos trouxe muitas preocupações e tivemos que refazer todo nosso planejamento três vezes ao longo desse período. De outro lado, porém, também nos deu a oportunidade de nos empenharmos mais nos processos e nos dedicarmos mais à fábrica. Ficamos 90 dias em home office e percebemos que temos um time muito coeso. Nosso objetivo era não demitir ninguém e chegamos até a contratar nesse período”, comemora.

Além da preocupação com a sustentabilidade dos negócios, as irmãs fazem questão de manter a gestão e o dia a dia da empresa baseados em conceitos de cooperação e responsabilidade social. Atualmente, a equipe é composta apenas por mulheres.

Sem revelar valores, as empresárias finalizam 2020 cumprindo as metas estabelecidas no fim do ano passado e esperam por um 2021 com o dólar controlado e com a conquista de certificações internacionais para a fábrica, além de mais parcerias com fornecedores internacionais.

“É um conceito muito abrangente, que vai desde a preocupação com a matéria-prima, a qualidade do produto, como funciona a cadeia de produção e distribuição até chegar ao consumidor final. Nos preocupamos com a reciclagem de todas as embalagens, com geração mínima de lixo, por exemplo, e isso também envolve um ciclo equilibrado de todas as relações. Hoje, a equipe é toda feminina. Não foi proposital, mas a cada entrevista víamos que a melhor opção era uma feminina. Quando a gente trabalha com as virtudes do feminino, temos uma atenção difusa e cuidado maior. O que as pessoas mais precisam hoje é serem cuidadas”, completa a empresária.