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Para Melles, transformação digital é caminho para retomada

Para Melles, transformação digital é caminho para retomada
Quando falamos de MPEs, o nosso maior objetivo é tirar as pessoas da informalidade, afirma Melles | Crédito: Charles Damasceno

O lugar da tecnologia na economia brasileira e as prioridades do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional) em benefício do segmento, da pequena empresa e da transformação digital foi o tema da quarta edição do Corporate Digital Business 2020, evento on-line promovido pelo Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Sindinfor). O convidado foi o diretor-presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles.

Para ele, a opção feita pela entidade de fortalecer a sua comunicação em 2019 e apostado na configuração de redes de relacionamento foi fundamental para que o Sebrae Nacional estivesse a postos para ajudar e orientar as empresas que tiveram mais dificuldades diante da crise econômica trazida pela pandemia de Covid-19 e buscaram apoio nas unidades do Sebrae espalhadas pelo País.

“No ano passado, priorizamos a comunicação e o Sebrae em rede. Se não fosse isso, não teríamos bons resultados neste ano. Estávamos mais preparados do que pensávamos. Mas o cenário das pequenas empresas não era o mesmo. A digitalização era a única saída então ajudamos a empresas a acharem essas ferramentas. Na base estava o WhatsApp, que todo mundo sabia usar. Agora miramos as grandes plataformas e marketplaces. Fizemos uma parceria com a Magalu e já estamos conversando com outras plataformas como Lojas Americanas, Mercado Livre e Amazon porque sabemos que não damos conta de toda a grandeza de espaço que as micro e pequenas empresas precisam. E tudo isso passa pela transformação digital”, relembrou Melles.

De acordo com dados do próprio Sebrae Nacional, 99,1% das empresas brasileiras são pequenas ou micro. Elas são responsáveis por 55% dos empregos formais e 27% do PIB nacional. Diante da magnitude desses números, é fácil entender a importância do setor e porque os programas e iniciativas do Sebrae, como o Sebraetec, tomaram nova dimensão nos últimos meses. A formalização é, segundo o diretor-presidente da entidade o primeiro e principal passo para o desenvolvimento dessas empresas e a consequente retomada da economia brasileira nos próximos anos.

“Quando falamos de micro e pequenas empresas, o nosso maior objetivo é tirar as pessoas da informalidade. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/2006) e o MEI (Microempreendedor Individual) tem essa vocação. Tirando os empreendedores da informalidade você já tem a possibilidade de um diálogo. O Sebrae leva esperança e positividade. Cuidar disso é um papel meio santo. Focamos muito em formalização, treinamento, empreendedorismo de gestão de negócios e crédito orientado. Não podemos deixar necrosar esse tecido na ponta porque é ele que permite a retomada da economia. Nossa proposta é chegar a 40% do PIB em 10 anos, através do conhecimento e da produtividade, trazendo prosperidade. Isso melhora a qualidade de vida de todo mundo e pode acontecer através da transparência proporcionada pelo uso da tecnologia”, avalia o diretor-presidente do Sebrae Nacional.

A lista dos próximos convidados do evento inclui Sérgio Leite (presidente da Usiminas), Sandro Magaldi (meusucesso.com), Juarez Leal (Head do Escritório Apex Gov. Federal nos EUA), Gustavo Caetano (empreendedor e influencer – Sambatech), Amure Pinho (presidente da ABStartups), Felipe Cerchiari (diretor de Inovação da Ambev), entre outros.

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