Com recordes no 2º trimestre, Hermes Pardini planeja operações no exterior

Após registrar recordes históricos no decorrer do segundo trimestre, o Grupo Hermes Pardini, centro de medicina diagnóstica sediado em Belo Horizonte, estima manter a trajetória de crescimento no restante do exercício e encerrar 2021 com 120 milhões de exames realizados.
Também está previsto para os próximos anos o início das operações no mercado internacional, bem como a continuidade da política de aquisições, em vistas de expandir a atuação do grupo no Brasil.
De acordo com o diretor administrativo financeiro e RI do Hermes Pardini, Camilo de Lelis, a exportação da marca vai ser iniciada por meio dos exames toxicológicos. Com atuação no segmento há quatro anos, outra estratégia é consolidar a presença do grupo no segmento de toxicologia também no País.
“Estamos monitorando o mercado. Hoje são mais de 10 milhões de motoristas no Brasil e buscamos aumentar nosso share nos exames referentes à habilitação e medicina do trabalho. No segundo trimestre já houve destaque do segmento, que representou receita bruta de R$ 53,3 milhões no período, aumento de 108% em relação à média dos últimos 10 trimestres de todo o período pós-aquisição. Já no exterior, estamos mapeando os países e já deveremos ter alguma coisa neste exercício”, revela.
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Mas os planos não param por aí. Depois de investir mais de R$ 650 milhões nos últimos dez anos na aquisição de 15 laboratórios pelo Brasil, o Pardini vai continuar na toada de investimentos na compra de outros laboratórios. O objetivo é dar continuidade ao ritmo de crescimento experimentado nos últimos anos, por meio da política de expansão.
Apenas no segundo trimestre, a companhia anunciou a aquisição do Laboratório Paulo C. Azevedo, líder no mercado de Medicina Diagnóstica no estado do Pará, e ainda, do APC – Laboratório de Anatomia Patológica, referência nacional em exames específicos de Oncologia.
Segundo Lelis, com a aquisição mais recente, o laboratório pretende ampliar a oferta dos serviços especializados em oncologia para todo o País por meio de hospitais, médicos, indústria farmacêutica, além dos mais de 6 mil laboratórios parceiros Lab-to-Lab e se tornar referência nos diagnósticos oncológicos no Brasil.
Das 15 adquiridas, cinco são de empresas de alta especialização: Diagnostika, de Anatomia Patológica e Patologia Molecular; Progenética, de Oncologia Molecular; Biocod, de Aconselhamento Genético; DLE, de Doenças Raras e erros inatos do metabolismo; Psychemedics Brasil e Labfar, hoje Toxicologia Pardini. E, agora, soma-se a elas o APC, com foco em Imuno-histoquímica e hibridização “in situ”. “Seguimos com a estratégia de fortalecer a medicina diagnóstica, fundamental para toda a cadeia de saúde do Brasil”, diz.
Desempenho do Hermes Pardini
Sobre o desempenho do trimestre, destaca-se que dentre os principais resultados estão volume de exames (34,3 milhões), margem bruta (35,5%), lucro bruto (R$ 184,8 milhões), lucro líquido (R$ 70,8 milhões), receita bruta (R$ 561 milhões), Ebitda – lucro líquido antes do Imposto de Renda, contribuição social, despesas financeiras líquidas, despesas de depreciação e amortização – (R$ 150,9 milhões), margem Ebitda (29%) e Roic sem ágio (48,7%).
“Todas as métricas são recordes comparando com o mesmo período de anos anteriores, inclusive em 2019, pré-pandemia”, reforça o diretor administrativo financeiro e RI.
Já a receita bruta atingiu o recorde histórico de R$ 561 milhões no período de abril a junho, superando a expectativa em duplo dígito percentual. Apenas os exames Covid apresentaram receita de R$ 110 milhões no trimestre, uma redução na participação da receita (20% contra 27% no primeiro trimestre).
“Essa era nossa expectativa de incremento nos exames e consequentemente nos resultado, desde a implantação do projeto Enterprise. Nossa produtividade aumentou muito a partir da velocidade na realização dos exames, o que também aumentou as vendas. E o crescimento no Lab-to-Lab também contribuiu, hoje já são quase 6,6 mil clientes em todo o Brasil”, concluiu.
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