Gastrobar no Parque Municipal quer reviver “anos dourados” em BH

O Parque Municipal, no hipercentro de Belo Horizonte, acaba de ganhar uma nova opção gastronômica para a família: o gastrobar Parque Central. O espaço foi completamente revitalizado e desde o último domingo (14) oferece opções de café da manhã, almoço, bebidas e petiscos, além de resgatar os tradicionais passeios nos barcos e pedalinhos que marcaram época na capital mineira.
A ideia foi inspirada no ambiente do Central Park em Nova York, além da história de um dos principais parques de BH. “O intuito é um espaço mais clássico, para que toda a família possa reviver o que eu chamo de anos dourados do Parque Municipal”, afirma o proprietário do estabelecimento, Victor Gonzalez.
As belas memórias de infância no parque foram um dos motivos para que Gonzalez participasse do processo de licitação do gastrobar, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Ele é bisneto do responsável pela implantação dos clássicos brinquedos como o carrossel, em meados da década de 50.

Apesar dos desafios enfrentados pelo local nos últimos anos, o empreendedor revela que está otimista com os processos de revitalização e reocupação do hipercentro. “Cresci dentro do parque e tive o privilégio de estar ali e entender o potencial do local”, destaca Gonzalez.
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Desde a inauguração do espaço, o proprietário destaca que já é perceptível um crescimento acelerado de público e faturamento, além da presença de diversos turistas. “O gastrobar Parque Central é o único ponto fixo do Parque Municipal com estrutura física de mesas e cadeiras. A expectativa é a melhor possível”, afirma.
No cardápio, é possível encontrar opções como massas artesanais, lanches, pastéis, feijão tropeiro, além de uma variedade de drinks, cervejas, chopes e cafés. Segundo Gonzalez, a margem de lucro foi reduzida para oferecer aos clientes um bom custo-benefício, dentro da realidade econômica brasileira.
Outro foco importante destacado é a intenção de atrelar esportes como yoga e corrida aos eventos produzidos ou apoiados pelo negócio. “Minha ideia é diferenciar um pouco do conceito de bar e boteco. Eu acredito que as pessoas estão muito mais voltadas para saúde, e quero trazer esta proposta”, revela.
Arquitetura projetada valoriza sustentabilidade e elementos históricos

O projeto de requalificação do espaço, onde funcionava uma lanchonete, foi elaborado de acordo os princípios de preservação do patrimônio histórico. Um dos primeiros passos realizados, segundo a arquiteta responsável pelo projeto, Mariana Resende, foi o diagnóstico das condições do imóvel para detectar o que precisaria ser consertado e o que poderia ser conservado, respeitando a história do parque.
A arquiteta destaca que, desde o início do projeto, a preocupação com a sustentabilidade foi primordial. “Ao pensar em toda a riqueza ambiental do parque é impossível não pensar em uma arquitetura que visasse os impactos ambientais”, afirma.
Segundo Mariana Resende, a tinta utilizada em toda a parte externa é isolante acústica, com baixo impacto ambiental e à base de água. Além disso para o revestimento de pisos e paredes foram usados taquinhos cerâmicos, que além de resgatarem a história e memória afetiva foi uma forma de utilizar os pisos que o cliente já possuía.
O piso em questão foi uma descoberta que marcou a jornada da profissional no projeto. “Ao retirar o piso principal descobrimos uma primeira camada de piso e era justamente os taquinhos de cerâmica que havíamos escolhido”, revela.
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