Patrimônio cultural, Serra do Espinhaço ganha circuito turístico

Descobrir e se aventurar pelas belezas naturais e patrimônio cultural da Serra do Espinhaço é o convite que cinco municípios das regiões Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha fazem, agora, de maneira estruturada. Foi lançado, nesta quinta-feira, na sede do Sebrae Minas, na região Oeste da Capital, o Circuito Cordilheira do Espinhaço.

Grão Mogol, Itacambira, Turmalina, Cristália e Botumirim, em parceria com o Sebrae Minas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, farão a estruturação e desenvolvimento do destino, criando uma governança própria e capacitando os diferentes atores do trade turístico.

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, o projeto inclui ações relacionadas a infraestrutura, promoção e articulação, como: projeto de sinalização integrado dos atrativos, divulgação e fortalecimento da marca do destino, criação de site próprio, redes sociais e um guia turístico digital, formação de um consórcio intermunicipal, captação de recurso públicos e busca de novas parcerias, além da realização de eventos para promoção do destino.

“O Sebrae trabalha em dois eixos: apoio empresarial – com a capacitação das empresas – e o desenvolvimento econômico, junto com o poder público. Como são muitos municípios com um novo foco, precisamos ter uma governança firme, e o Sebrae vai ajudar muito nisso”, afirma Silva.

Reserva Mundial da Biosfera

A Serra do Espinhaço é reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Reserva Mundial da Biosfera. A região conta com atrativos como as riquezas naturais, parques estaduais, cachoeiras, espécies endêmicas – encontradas apenas na região -, aliados à cultura mineira.

Destacam-se produtos e serviços turísticos direcionados ao ecoturismo, turismo de aventura, cicloturismo, observação de aves, turismo histórico-cultural, turismo náutico, turismo pedagógico e turismo de base comunitária.

Com quase 90% de sua extensão localizada em território mineiro, a Cordilheira do Espinhaço atravessa três diferentes biomas, a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga, quando se aproxima da Bahia. Por essa razão, possui uma biodiversidade imensa, além de cânions, lagos, rios e cachoeiras que constituem paisagens inesquecíveis e exuberantes, características destacadas pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas, Leônidas Oliveira.

“A Serra é um patrimônio mundial por suas características únicas. Então, o ecoturismo na Serra do Espinhaço tem muito sentido, sobretudo, se nós o colocamos nesse mundo contemporâneo em que o meio ambiente é pauta em todas as esferas. Quando colocamos as pessoas em rotas em contato com a natureza, em uma beleza cênica como a da paisagem cultural da Serra do Espinhaço, nós preparamos para o mercado um grande produto conectado com a grande tendência que é estar ao ar livre”, pontuou Oliveira.