Negócios

PepsiCo instala usina termossolar na planta de Sete Lagoas

Empreendimento vai viabilizar a economia de gás natural
PepsiCo instala usina termossolar na planta de Sete Lagoas
Água aquecida será utilizada em diversos processos da planta, entre elas o cozimento dos produtos | Crédito: PepsiCo / Divulgação

A PepsiCo, uma das maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo, continua investindo em sua planta industrial localizada em Sete Lagoas, na região Central do Estado. Além do projeto de reutilização de água que vai permitir à empresa uma economia de até 70% da água consumida todo mês na linha de produção, a unidade também acaba de receber uma usina termossolar, que vai promover a economia de 140 mil metros cúbicos de gás natural na fábrica mineira.

A empresa não revela o montante investido, mas ressalta que a solução é escalável e deverá ser implantada em outras plantas da companhia no Brasil nos próximos anos, com áreas ainda maiores de painéis solares.

Conforme o gerente de Sustentabilidade da PepsiCo Brasil, Bruno Guerreiro, a energia captada por meio de painéis solares será revertida em energia térmica para o aquecimento de água nas unidades. Os primeiros resultados na planta de Sete Lagoas já indicam a geração de cerca de 3,9 kWh/m²/dia de energia durante os meses de verão, fornecendo água quente a 60-75°C.

“A água aquecida pelo sistema é utilizada em diversos processos da fábrica, como no cozimento do milho dos nossos snacks. A diferença é que a água já chega aquecida ao processo, assim temos que usar menos tempo de chama para chegar à temperatura que usamos nesta etapa da produção”, explica.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Guerreiro destaca os investimentos focados em sustentabilidade | Crédito: PepsiCo / Divulgação

O executivo destaca que a redução no consumo de gás natural também vai diminuir em quase 280 mil quilos as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e que a estratégia integra a meta global de reduzir em 40% as emissões de carbono até 2030 (linha de base de 2015) e ser Net-zero até 2040.

“A usina nos garantirá mais eficiência energética na fábrica e, ao mesmo tempo, ajudará a promover a redução de emissões de carbono. Esse ganho em sustentabilidade é a nossa maior conquista”, completa.

Guerreiro lembra ainda que a PepsiCo está empenhada em ampliar suas ações focadas no cuidado com o planeta e com as próximas gerações e, por isso, em junho de 2021, anunciou sua agenda PepsiCo Positive (pep+), que coloca a sustentabilidade no centro das ações, por meio de três pilares: Cadeia de Valor Positiva, Agricultura Positiva e Escolhas Positivas.

Carroceria sustentável

Segundo ele, diversos investimentos focados em sustentabilidade estão sendo realizados. Inclusive, em Minas Gerais. Um dos mais recentes diz respeito a um protótipo de carroceria de caminhão sustentável, feita com plástico reciclado, mais especificamente de BOPP e garrafas PET – materiais usados nas embalagens de snacks e bebidas da marca. Uma iniciativa pioneira no mercado e que inclui o desenvolvimento da economia circular do plástico.

“Para a fabricação da carroceria, as embalagens de BOPP e PET passaram por processo químico que, misturados a outros componentes, reduzem a quantidade de fibra de vidro utilizada na fórmula original. Somente para o projeto piloto, foram utilizados cerca de 3 quilos de embalagens plásticas de BOPP – o que representa cerca de 750 unidades de bolsas de salgadinhos, e 18 quilos de plástico PET – aproximadamente 368 garrafas”, cita.

E em relação à escassez de recursos hídricos, a PepsiCo planeja implantar, também na fábrica de Sete Lagoas, uma estação de tratamento de efluentes (ETE) utilizando o Método MBR. O modelo já foi implementado na fábrica da companhia em Itu (São Paulo), onde economiza 12 milhões de litros de água ao mês.

Conforme já publicado, a implantação da tecnologia deverá consumir aportes de R$ 30 milhões e tem previsão de operação em 18 meses – já o investimento como um todo será concluído até 2024.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas